José Marcos Barrica será o novo embaixador de Angola em Portugal, segundo um decreto do presidente semi-eleito de Angola, José Eduardo dos Santos, hoje publicado.
Diplomata da confiança do presidente do MPLA, igualmente José Eduardo dos Santos, José Marcos Barrica chefiou em Março de 2008 os observadores eleitorais da África austral nas presidenciais do Zimbabué.
O (in)sucesso da sua missão poderá, aliás, estar na origem da sua passagem de ministro dos Desportos a embaixador em Portugal.
Na altura, certamente com toda a legitimidade mas contra todas as informações independentes que chegavam do Zimbabué, José Marcos Barrica afirmou que as “eleições foram uma expressão pacífica e credível da vontade do povo”.
Também à revelia das informações que chegavam do reino de Robert Mugabe, José Marcos Barrica disse que as eleições foram “caracterizadas por altos níveis de paz, tolerância e vigor político dos líderes partidários, dos candidatos e dos seus apoiantes.”
Barrica não perdeu, aliás, a oportunidade para salientar que “as eleições foram realizadas contra um pano de fundo caracterizado por um clima internacional muito tenso e bi-polarizado onde alguns sectores da comunidade internacional permanecem negativos e pessimistas quanto ao Zimbabué e às possibilidades de as eleições serem credíveis”.
Como se viu, vê e verá, José Marcos Barrica teve, tem e terá razão quanto à democraticidade, legalidade e pacificação do regime de Mugabe.
Recordo igualmente que José Marcos Barrica considerou que “as eleições foram conduzidas numa forma aberta e transparente”, congratulando-se com o facto de a Comissão Eleitoral do Zimbabué “satisfazer os desafios administrativos de levar a cabo as eleições harmonizadas e demonstrar altos níveis de profissionalismo”.
“O grande vencedor é o povo do Zimbabué”, concluiu na altura o chefe dos observadores eleitorais da África austral nas presidenciais do Zimbabué e agora embaixador de Angola em Portugal.
1 comentário:
É assim que se "ganha o reino do céu"! NÃO É?
GPS
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