O presidente semi-eleito de Angola e eleito do MPLA, José Eduardo dos Santos, procedeu hoje a várias exonerações, entre as quais à de Almerindo Jaka Jamba de embaixador junto da UNESCO.
Almerindo Jaka Jamba, nascido a 21 de Março de 1949, é historiador e Doutorado em Filosofia. Em 1975 foi nomeado Secretário de Estado por Jonas Savimbi no governo de transição. Em 1992 foi nomeado como segundo Vice-Presidente da Assembleia e porta voz do grupo parlamentar da UNITA e fez parte da Comissão Constitucional de Angola, em representação da UNITA.
Na altura em que foi nomeado, 2004, Eugénio Costa Almeida disse: “Que o Dr. Jaka Jamba nos saiba representar com a mesma ponderação com que sempre nos brindou quer nas suas palestras e conferências quer na sensatez que sempre sobre pautar na Assembleia Nacional”, acrescentando que “Angola bem que precisa de recuperar a sua imagem no seio das organizações onusianas, principalmente desde o caso Falcone, precisamente na UNESCO”.
“O português deveria ser língua de trabalho nas organizações internacionais”, afirmou em Junho do ano passado Jaka Jamba, acrescentando que “é incompreensível que uma língua com mais de duzentos milhões de falantes não possa ser uma língua oficial nas organizações internacionais”.
Para o agora ex-embaixador, "é uma questão de batalharmos" para que o português conquiste o devido lugar e o seu estatuto a nível das organizações internacionais.
Jaka Jamba salientou a necessidade de uma harmonização ortográfica para o futuro da Língua Portuguesa, ao referir-se ao novo Acordo Ortográfico a ser aplicado pelos países que falam este idioma.
"Havendo uma harmonização ortográfica, isto permitiria que pudessemos ter um quadro que, em termos de edição, e sobretudo em termos de audiência junto das instâncias internacionais, pudesse de facto fazer escutar melhor a nossa voz", declarou Jaka Jamba.
Em face desta exoneração, fica-me uma certeza: Não basta ser competente, é preciso ser do MPLA.
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