sábado, abril 18, 2009

Jornalistas espiões, espiões jornalistas
e outras formas de sabujice e servilismo

A jornalista irano-norte-americana Roxana Saberi (foto), acusada de espionagem a favor dos EUA, foi hoje condenada em Teerão a oito anos de prisão, apesar dos apelos de Washington para a sua libertação.

Não sei (mas gostava de saber) se em Portugal, por exemplo, há alguma legislação para os casos em que os (supostos) jornalistas fazem espionagem (entre outras coisas) a favor dos partidos.

Roxana Saberi, de 31 anos, filha de um casal de origem norte-americana e japonesa, está detida desde finais de Janeiro na prisão de Evine, a norte de Teerão.

A condenação ocorreu apesar dos sinais de abertura diplomática do presidente dos EUA, Barack Obama, para com a República islâmica e dos apelos da secretária de Estado, Hillary Clinton, para libertação da jornalista.

De acordo com as autoridades iranianas, Roxana Saberi "não possuía acreditação de imprensa e dedicava-se a actividades de espionagem sob a capa de jornalismo".

Ao que parece, e ao contrário de algumas práticas das ocidentais praias lusitanas, no Irão é preciso ter acreditação para ser jornalista...

A jornalista foi colaboradora da rádio pública norte-americana NPR, da BBC e da cadeia de televisão norte-americana Fox News.

Concluindo e resumindo, se calhar em Portugal não seria mau que a ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social), ou a Comissão da Carteira Profissional de Jornalista, ou ambas, vissem quem são os (supostos) jornalistas que exercem sem acreditação, seja a actividade de produção de textos de linha branca ou a de espionagem.

E quem diz espionagem diz aquelas coisas que se fazem à mão, ou com a boca, e que dpois são recompensadas com cargos de direcção ou administração.

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