Mais de 90 por cento dos países africanos foram afectados por situações de emergência e conflitos em 2008, que “destruíram serviços de saúde”, alertou o director da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Região de África, Luís Gomes.
Numa mensagem por ocasião da passagem do Dia Mundial da Saúde que se assinala hoje, sob o lema “Salvar vidas. Tornar os hospitais locais seguros em situações de emergência”, Luís Gomes afirmou que as cheias, secas, bem como conflitos de diferentes níveis, “destruíram fisicamente e perturbaram os estabelecimentos de saúde” em África no ano passado.
“Os países da Região Africana da OMS enfrentam crises e catástrofes naturais com uma frequência crescente. Em consequência destas, os estabelecimentos de Saúde são fisicamente destruídos e o funcionamento dos serviços perturbados”, enfatizou o director-regional da OMS para África.
Nos últimos anos, alertou Luís Gomes, o impacto das situações de emergência nas unidades de saúde e respectivas funções na Região Africana foi enorme.
“Os danos físicos às infra-estruturas ficaram patentes em várias situações de emergência complexas. Por exemplo, num dos países da Região, 30 por cento das unidades de saúde foram destruídas durante uma guerra civil. Em vários outros países foram as catástrofes naturais, em especial os ciclones e as cheias que provocaram a destruição de infra-estruturas, incluindo unidades de saúde”, assinalou.
Nesse sentido, “o sistema de Saúde deve estar protegido de riscos internos e factores externos, principalmente incêndios e a interrupção do abastecimento de água e electricidade, perigos naturais, biológicos, societários e tecnológicos”, defendeu ainda o director-regional da OMS para África.
Luís Gomes exortou à “construção resistente de estabelecimentos de saúde em locais seguros, com sistemas estruturais concebidos para resistir aos riscos e perigos de determinados locais”.
Os projectos deveriam contemplar a segurança dos sistemas de abastecimento de electricidade e água, a gestão de resíduos, logística e provisões de equipamento, medicamentos e reagentes, os transportes e comunicações, referiu Luís Gomes.
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