O ex-presidente peruano Alberto Fujimori foi hoje considerado culpado de violações dos direitos humanos durante a sua presidência (1990-2000) pelo Supremo Tribunal de Justiça, no termo de um julgamento que se prolongou por 16 meses.
O presidente do colectivo, César San Martín, declarou que as acusações, nomeadamente a de que o ex-presidente autorizou a criação de um "esquadrão da morte" que em 15 meses matou 50 pessoas, ficaram provadas "além de qualquer dúvida razoável".
Aos 70 anos, o antigo presidente arrisca uma pena que pode ir até aos 30 anos de prisão pelo seu alegado papel em dois massacres de civis que fizeram 15 mortos em 1991 e dez mortos em 1992 e nos sequestros de um jornalista e de um empresário em 1992.
Ao ler esta notícia não consegui deixar de pensar nos mais de 40.000 angolanos que foram torturados e assassinados pelo MPLA em todo o país, depois dos acontecimentos de 27 de Maio de 1977, acusados de serem apoiantes de Nito Alves ou opositores ao regime.
Ao ler esta notícia não consegui deixar de pensar no massacre de Luanda, perpetrado pelas forças militares e de defesa civil do MPLA, visando o aniquilamento da UNITA e cidadãos Ovimbundus e Bakongos, e que se saldou no assassinato de 50 mil angolanos, entre os quais o vice-presidente da UNITA Jeremias Kalandula Chitunda, o secretário-geral Adolosi Paulo Mango Alicerces, o representante na CCPM, Elias Salupeto Pena, e o chefe dos Serviços Administrativos em Luanda, Eliseu Sapitango Chimbili.
Ao ler esta notícia não consegui deixar de pensar no massacre do Pica-Pau em que no dia 4 de Junho de 1975, perto de 300 crianças e jovens, na maioria órfãos, foram assassinados e os seus corpos mutilados pelo MPLA, no Comité de Paz da UNITA em Luanda.
Ao ler esta notícia não consegui deixar de pensar no massacre da Ponte do rio Kwanza, em que no dia 12 de Julho de 1975, 700 militantes da UNITA foram barbaramente assassinados pelo MPLA, perto do Dondo (Província do Kwanza Norte), perante a passividade das forças militares portuguesas que garantiam a sua protecção.
Ao ler esta notícia não consegui deixar de pensar no facto de, entre 1978 e 1986, centenas de angolanos terem sido fuzilados publicamente pelo MPLA, nas praças e estádios das cidades de Angola, uma prática iniciada no dia 3 de Dezembro de 1978 na Praça da Revolução no Lobito, com o fuzilamento de 5 patriotas e que teve o seu auge a 25 de Agosto de 1980, com o fuzilamento de 15 angolanos no Campo da Revolução em Luanda.
Ao ler esta notícia não consegui deixar de pensar no facto de no dia 29 de Setembro de 1991, o MPLA ter assassinado em Malange, o secretário Provincial da UNITA naquela Província, Lourenço Pedro Makanga, a que se seguiram muitos outros na mesma cidade.
Ao ler esta notícia não consegui deixar de pensar no facto de nos dias 22 e 23 de Janeiro de 1993, o MPLA ter desencadeado em Luanda a perseguição aos cidadãos angolanos Bakongos, tendo assassinato perto de 300 civis.
Ao ler esta notícia não consegui deixar de pensar no facto de em Junho de 1994, a aviação do MPLA ter bombardeado e destruido a Escola de Waku Kungo (Província do Kwanza Sul), tendo morto mais de 150 crianças e professores.
Ao ler esta notícia não consegui deixar de pensar no facto de entre Janeiro de 1993 e Novembro de 1994, a aviação do MPLA ter bombardeado indiscriminadamente a cidade do Huambo, a Missão Evangélica do Kaluquembe e a Missão Católica do Kuvango, tendo morto mais de 3.000 civis.
Ao ler esta notícia não consegui deixar de pensar no facto de entre Abril de 1997 e Outubro de 1998, na extensão da Administração ao abrigo do protocolo de Lusaka, o MPLA ter assassinado mais de 1.200 responsáveis e dirigentes dos órgãos de Base da UNITA em todo o país.
Ao ler esta notícia não consegui deixar de pensar.
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