O primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, disse ter anunciado hoje aos restantes líderes da NATO, reunidos numa cimeira em Estrasburgo (França), a intenção de Portugal de reforçar a sua presença militar no Afeganistão, "acompanhando o esforço" dos seus aliados.
É assim mesmo. Portugal tem responsabilidades na NATO (o mesmo não se dirá na CPLP) e não pode deixar os seus créditos por militares alheios. Portanto, poucos mas bons onde supostamente são precisos.
"Eu anunciei nesta Cimeira, e anunciei-o no mesmo momento em que os outros países o fizeram também, que Portugal iniciou agora o período de consultas e procedimentos com vista a reforçar o potencial militar que temos hoje no Afeganistão, acompanhando aquilo que é o esforço dos outros países", esclareceu José Sócrates.
O chefe de Governo, ladeado pelo ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, falava no final da cimeira que assinalou os 60 anos da NATO, na qual o novo presidente norte-americano, Barack Obama, apresentou uma nova estratégia para o Afeganistão, saudada por Sócrates, por ter "um enfoque na política".
José Sócrates disse ser ainda muito cedo para precisar de que forma Portugal reforçará a sua presença no Afeganistão, indicou que serão as Forças Armadas a apresentar ao Governo uma proposta técnica, mas garantiu que Portugal vai "começar a trabalhar nisso" de imediato e que o "conselho militar" vai no sentido de um reforço ao nível das Forças Armadas, e não de GNR (Guarda Nacional Republicana).
O primeiro-ministro reforçou que, para uma decisão final sobre o figurino desse reforço, é necessária "uma informação técnica muito pormenorizada de todos os possíveis cenários" e exige um contacto das Forças Armadas portuguesas com os seus parceiros.
Se calhar não será para já nem em força. Fica, contudo, o registo das intenções de Sócrates que, só por si (e depois da oferta do cão de água português), sensibilizaram Barack Obama.
O chefe de Governo apontou que, depois da proposta das Forças Armadas, o Governo procederá às necessárias consultas, "em primeiro lugar com o Presidente da República", com vista à tomada de decisão a nível do Conselho Superior de Defesa Nacional.
"Portugal, tal como todos os outros países, apreciou muito o facto de haver agora uma nova estratégia para o Afeganistão com objectivos políticos bem identificados, e que são objectivos políticos, não militares, mas políticos", disse, acrescentando que "a estrutura militar serve como instrumento para alcançar esses objectivos políticos".
Gostei da pormenorizada explicação de José Sócrates: “objectivos políticos bem identificados, e que são objectivos políticos, não militares, mas políticos".
Traduzindo, são "objectivos políticos bem identificados, e que são objectivos políticos, não militares, mas políticos".
Creio que se Obama ouvisse a explicação teria ficado ainda mais descansado. É que são “objectivos políticos bem identificados, e que são objectivos políticos, não militares, mas políticos".
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