O Presidente da República portuguesa, Aníbal Cavaco Silva, apelou hoje ao voto dos portugueses nas eleições europeias de 7 de Junho, pedindo que "não vão para férias" nem aproveitem os feriados desse período e exerçam o seu direito cívico.
Um apelo legítimo embora partindo de uma realidade cada vez mais distante, as férias. Que muitos e muitos portugueses não vão ligar patavina às eleições, já todos sabemos. Mas não é para irem de férias.
O chefe de Estado manifestou ainda o desejo de que esta seja uma campanha “serena, esclarecedora e que mobilize os portugueses”. Politicamente correcto, trata-se de um desejo que não corresponde à realidade. Como já se viu, com ou sem ajuda espanhola, é mais uma campanha de baixo nível.
Entretanto o meu amigo Frederico Duarte Carvalho, cabeça-de-lista do Partido Popular Monárquico (PPM) continua a dizer das suas e hoje, no lançamento da campanha eleitoral do partido, afirma que o PPM é a única força política "inteiramente portuguesa" candidata ao Parlamento Europeu, por "não depender" de uma força "internacional".
"O PPM na Europa, através das eleições, oferece aos portugueses a possibilidade optar por um regime que funciona na Europa. Temos de ter um país. Não vamos ter um rei com a vitória do PPM, mas vamos salvar um país, para que no dia em que os portugueses queiram ter um rei, esse rei tenha também um país e um povo", reforçou Frederico Carvalho.
A campanha eleitoral do PPM, de "cariz didáctico", começou hoje "simbolicamente" no Martinho da Arcada, no Terreiro do Paço, Lisboa, junto à mesa de Fernando Pessoa, o primeiro "europeu português e mundial", uma referência a um poema de "Mensagem", obra de Pessoa.
No encontro com os seus colegas jornalistas, o Frederico referiu a pesca, a agricultura e questões referentes a minorias étnicas como temas a abordar durante a campanha do PPM.
Mais importante do que a entrada da Turquia na União Europeia, o cabeça-de-lista do PPM às eleições europeias sublinha a necessidade de se pensar o "alargamento atlântico".
"A entrada na UE de Cabo Verde, por exemplo, pode parecer uma ideia estranha, mas Cabo Verde é um país onde há um encontro de culturas europeias, é praticamente uma cultura mestiça, fruto de holandeses, portugueses, italianos", sublinhou.
No que refere às ilações a retirar dos resultados das eleições europeias, o Frederico reconhece que os resultados da eleição de Junho poderão ser um "ensaio" para os sufrágios de cariz autárquico e legislativo a decorrer nos meses seguintes.
A abstenção, reforçou o cabeça-de-lista dos monárquicos, é o maior adversário do PPM no objectivo definido de eleger dois eurodeputados.
"O PPM acredita que até consegue eleger dois deputados se houver uma grande votação, mas só a eventual eleição pode trazer progresso a Portugal", referiu.
Assim sendo, força companheiro! O Alto Hama não está em tudo contigo, mas está com certeza em muitas importantes coisas.
Sem comentários:
Enviar um comentário