O líder parlamentar do CDS-PP, Diogo Feio, considerou hoje que o previsto recuo de 3,4 por cento do Produto Interno Bruto representa “um terramoto sobre a economia portuguesa” e defendeu que o Governo deve “facilitar a vida” às empresas.
Terramoto? Isso é a Oposição que diz. Pelos vistos o Governo de José Sócrates tem outra visão e outras preocupações, acreditando que tudo se resolve dizendo que os portugueses estão, ao contrário de outros europeus, quase a saber viver sem comer.
“Isto é um terramoto sobre a economia portuguesa e deve levar a que o Governo abra os olhos e veja que não é com aposta em grandes investimentos e em grandes obras públicas que se resolve a situação de crise que o país está neste momento”, defendeu Diogo Feio.
Diogo Feio esquece-se, contudo, de algo importante. O Governo do reino lusitano só abre os olhos para o que lhe interessa. E o que lhe interessa não respeita os portugueses de segunda, ou seja todos aqueles que não são deste PS.
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, estimou hoje que o PIB português vá recuar 3,4 por cento em 2009, em linha com as previsões do Banco de Portugal (-3,5 por cento) e 2,6 pontos percentuais pior que estimativa anterior, que era de 0,8 por cento.
De acordo com as novas previsões do Executivo, que como sempre pecam por defeito, a taxa de desemprego deverá subir para 8,8 por cento (face aos 8,5 por cento da última previsão) e a inflação deverá chegar aos 0,1 por cento, inferior em 1,1 pontos percentuais à última estimativa do Executivo.
Sobre o previsto aumento do desemprego, Diogo Feio considerou que “são preocupantes” e afirmou que “a situação é especialmente difícil para os jovens licenciados à procura do primeiro emprego”.
Outro erro. A situação é especialmente difícil para todos, nomeadamente para os que foram despedidos de empresas que dão lucros e que foram vítimas de critérios subjectivos, quase sempre à revelia do único critério válido: a competência.
Diogo Feio assinalou que o “Governo não está a conseguir” responder à situação de crise, afirmando que isso está demonstrado quer pelas previsões económicas hoje divulgadas e ainda pelas previsões que “vão sendo divulgadas pelas instâncias internacionais”.
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