Uma criança do sexo masculino que nasça na Guiné-Bissau poderá esperar viver em média até aos 46 anos, enquanto que uma nascida em Portugal poderá viver até aos 76 anos. Quem o diz é a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Creio que este é um bom exemplo que deve encher de orgulho não só a Guiné-Bissau como Portugal (na qualidade de “pai”), bem como todo esse elefante branco que dá pelo nome de Comunidade de Países de Língua Portuguesa.
Apesar da lentidão dos que podem e devem ajudar, todos os países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) subiram no ranking da OMS para o sexo masculino, entre 1990 e 2007, tendo Angola registado a maior ascenção, acrescentando mais 13 anos de esperança de vida à nascença, seguida por Timor-Leste (10 anos).
Em Cabo Verde, a esperança de vida melhorou apenas um ano no sexo masculino, tendo passado de 65 para 66 anos, enquanto nas mulheres subiu dos 69 para os 71 anos.
Na Guiné-Bissau, a estatística indica uma subida de cinco anos na esperança de vida nos homens, de 41 para 46 anos, e nas mulheres dos 47 para os 51 anos, ao passo que Moçambique melhorou três anos no sexo masculino, de 44 para 47 anos, mas no feminino baixou dos 49 para os 48 anos.
Em São Tomé e Príncipe a esperança de vida manteve-se inalterada nos 59 anos nos homens e subiu um ano, para os 63 anos, nas mulheres.
Quanto ao Brasil, a esperança de vida subiu dos 63 para os 70 anos, no sexo masculino, e dos 70 para os 76 nas mulheres.
Portugal detém o melhor índice dos países de língua portuguesa, tendo passado dos 71 para os 76 anos de vida no sexo masculino e dos 77 para os 82 anos no feminino.
Relativamente à taxa de mortalidade neonatal, Portugal lidera com apenas três mortes por cada mil nados-vivos, uma das melhores posições no mundo, que contrasta (pois claro!) com a situação dos outros países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
Os dados da OMS, relativos a 2007, os últimos disponíveis, apontam a taxa de mortalidade é de 54 por cada mil nascidos vivos em Angola, o Brasil (13), Cabo Verde (9), Guiné-Bissau (47), Moçambique (35), São Tomé e Príncipe (38), e Timor-Leste (29).
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