No fim de Março, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Portugal terá “apagado” (obviamente por lamentável distracção, e não mais do que isso) 15 mil desempregados da lista de inscritos.
A informação é adiantada pelo Diário de Notícias, com base numa denúncia anónima enviada ao Sindicato Nacional dos Técnicos de Emprego (SNTE).
A denúncia garante haver “manipulação da contabilização de inscrição de desempregados” e explica o suposto móbil do “apagão”:
“O IEFP tem adoptado, na contabilidade de inscrições, um movimento que se chama 'mudança de categoria'. No último dia de cada mês aparecem em algumas inscrições uma mudança de ‘categoria 2’ (novo emprego) para a ‘categoria 3’ (empregado), feita a inscritos que não estão a receber subsídio. E que, portanto, não se apercebem da alteração do seu registo”.
Este alegado “apagão” traduz-se numa redução do número de desempregados. E menos desempregados, nem que seja por alegada artimanha, é sempre bom...
Confrontado pelo jornal, o presidente do IEFP, Francisco Madelino recusa admitir que se trate de uma “operação”, reconhecendo todavia um “erro” que terá tido origem no cruzamento de dados com a Segurança Social.
Segundo a denúncia, estas ocorrências verificam-se “reiterada e sistematicamente”, mas Francisco Madelino explicou ao DN que tal sucedeu apenas “em Março, por engano”, quando “a Segurança Social mandou uma base das contribuições não de Fevereiro de 2009, mas do ano anterior”.
E assim continuam, impávidas e serenas, as ocidentais praias lusitanas.
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