terça-feira, maio 26, 2009

Ilda Figueiredo sim, jornalistas não!

Os jornalistas foram hoje impedidos de assistir a uma reunião da cabeça-de-lista da CDU às eleições europeias com trabalhadores, na Direcção Regional de Economia do Centro, em Coimbra, uma instrução do ministério da Economia que Ilda Figueiredo considerou inadmissível.

A reunião já estava marcada, mas esta manhã o director regional, Justino Pinto, recebeu instruções do gabinete do ministro da Economia, Manuel Pinho, para não autorizar a presença da comunicação social numa reunião entre a comitiva da CDU e representantes sindicais e trabalhadores da Direcção Regional de Economia do Centro, que deveria decorrer num auditório no segundo andar do edifício da direcção regional.

Ilda Figueiredo pretendia inteirar-se dos planos para a transferência destes serviços para Aveiro, medida contestada pelos funcionários e num abaixo-assinado com mais de 9.000 subscritores.

Depois de um encontro à porta fechada entre Ilda Figueiredo e o responsável, a candidata soube que os jornalistas não poderiam assistir ao encontro com os funcionários, por este decorrer no interior das instalações, e decidiu não acatar a decisão, defendendo que a comunicação social deveria estar presente e acabou por se reunir na rua, à entrada do edifício.

“Não há lógica nem antecedentes” para a presença dos órgãos de comunicação social no encontro, explicou Justino Pinto, acrescentando que a presença da comunicação social poderia transformar a reunião “num comício”.

“Lamento esta decisão do ministério da Economia, que terá vindo directamente do gabinete do senhor ministro”, disse a deputada europeia, que questionou os motivos: “Do que é que o ministro da Economia tem medo? O que é que não quer que seja revelado? Por que é que não quer que esta reunião tenha um carácter público?”.

Ilda Figueiredo, que lembrou que “o Governo do PS não é o dono das instalações”, prometeu ficar atenta se as outras candidaturas ao Parlamento Europeu terão o mesmo impedimento, “designadamente com a do PS”.

“Então nós diríamos que estamos aqui numa situação de grave discriminação da candidatura da CDU”, destacou.

Tudo isto, é claro, a bem da Nação. Tal como antes dizia o António, e agora diz o José.

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