A taxa oficial de desemprego em Portugal atingiu os 8,9% no primeiro trimestre de 2009, o que representa um agravamento face aos 7,6% do período homólogo de 2008. E a procissão ainda vai no adro.
Os dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que a taxa de desemprego nos três primeiros meses do ano sofreu um aumento de 1,3 pontos percentuais em relação ao valor observado no período homólogo e 1,1 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.
Este valor fica acima das previsões do Governo para o conjunto do ano (8,5%) e é pior do que esperavam alguns analistas que em média apontavam para a taxa de desemprego chegasse aos 8,5% até Março.
De acordo com o INE, no primeiro trimestre a população desempregada foi estimada em 495,8 mil indivíduos, um acréscimo de 16,1% face ao trimestre homólogo (mais 68,8 mil pessoas) e de 13,3% em relação ao trimestre anterior (mais 58,2 mil desempregados).
Segundo o instituto, a subida do desemprego verificou-se em todos os grupos etários, mas sobretudo nos indivíduos com idades entre os 25 e os 34 anos.
O INE destaca ainda o aumento no número de desempregados à procura do novo emprego, os provenientes do sector da indústria, construção, energia e água e dos serviços.
Por regiões, no primeiro trimestre, as taxas de desemprego mais elevadas foram registadas no Algarve (10,3%), Alentejo (10,2%) e Norte (10,1%).
Os valores mais baixos encontram-se por sua vez no Centro e Açores (6,7%) e na Madeira (6,8%). Em Lisboa a taxa de desemprego situou-se nos 9,1%.
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