Conheci o Fernando Casimiro, Didinho, no dia 23 de Setembro de 2006 na Casa de Angola, em Lisboa. Embora guineense, mas sobretudo lusófono e, por isso, também angolano, honrou-me com a sua presença no lançamento dum livro.
No entanto, de há muito que lia (e às vezes comentava) o que o Didinho escrevia em vários sítios, nomeadamente no seu Contributo (www.didinho.org) e no Notícias Lusófonas.
Defensor acérrimo do que pensa ser a verdade, sempre defendeu que "a vida só tem sentido se, para além de nós, outros também puderem viver", tal como advoga que “o primeiro compromisso de todos os guineenses deve ser para com a Guiné-Bissau!”.
Para mim, e sei que não estou isolado (antes pelo contrário), Didinho é um daqueles exemplos que honra e dignifica a Lusofonia, apesar de ser incompreendido, e até mesmo ameaçado, pelos ineptos que não entendem que quem não vive para servir não serve para viver.
O seu amor à liberdade fá-lo lutar pela dignificação do seu Povo, leva-o a não ter medo das palavras, mesmo quando elas criticam os ditadores e todos aqueles poucos que têm milhões e se estão nas tintas para os milhões (sejam guineenses, angolanos etc.) que têm pouco ou nada.
Didinho, embora não esteja só, é uma espécie em vias de extinção. Ao privilegiar a competência em vez da subserviência, está a criar um exército de inimigos recrutados nas latrinas da incompetência.
Mas de uma coisa estou certo. A História da Lusofonia, e neste caso da Guiné-Bissau, não se escreverá sem que Fernando Casimiro dela conste como paladino do seu Povo.
É, também por isso, meu caro Didinho, que tenho orgulho em ter-te como amigo. Ontem, hoje e amanhã. Sempre.
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