sexta-feira, maio 08, 2009

Europol teme que a Guiné-Bissau
se transforme num narco-Estado

O director-adjunto da Europol afirmou hoje que a organização segue “com grande preocupação” a crescente importância da Guiné-Bissau no narcotráfico para a Europa, garantindo que a atenção internacional sobre aquele país não produziu uma diminuição no tráfico.

Cá para mim, parafraseando o Presidente interino da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, bem como todos os ilustres políticos dessa pequena coisa que dá pelo nome de Comunidade de Países de Língua Portuguesa, tudo se resolverá com as eleições (ver:
Votar com a barriga vazia nunca será, seja onde for, sinónimo de democracia).

“Vemos a situação que está a ocorrer em certos países da África Ocidental com grande preocupação porque conhecemos o potencial corruptor que o tráfico de droga tem”, afirmou à Agência Lusa Mariano Simancas.

Pois. E é aí que reside o busílis da questão. No entanto, por outros exemplos lusófonos (caso de Angola), não creio que a corrupção seja um problema. Tudo depende de quem corrompe e de quem é corrompido.

O responsável espanhol, que falava após participar no encerramento da conferência internacional sobre drogas em Lisboa, salientou a importância de “unir esforços internacionais” para evitar que países da África Ocidental, como a Guiné-Bissau, se transformem em “narco-Estados”. Ou em, digo eu, “não-Estados”.

“Se as redes internacionais de tráfico conseguirem estabelecer uma plataforma na região da África Ocidental, vai ser muito preocupante para a Europa, mas mais ainda para os países africanos”, afirmou Mariano Simancas, acrescentando que lamentavelmente “existem informações de que isso está a acontecer”.

Mariano Simancas garantiu que “não se tem detectado variações” na quantidade de droga traficada, apesar da crescente atenção dada à Guiné-Bissau pela comunidade internacional, na sequência dos assassínios do chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, Tagmé Na Waie, e do Presidente da República, “Nino Vieira”.


“Acho que ainda é muito cedo para que se verifiquem alterações. Mas estou seguro que se fizermos todas as coisas bem não iremos permitir que países africanos se tornem numa plataforma para o crime organizado”, sublinhou o responsável da Europol.

Simancas disse existir uma “clara vontade de cooperação por parte da Comissão Europeia e da Europol através dos Estados-Membros”, lembrando que o estatuto legal daquela polícia europeia não lhe permite cooperar directamente com os países da África Ocidental.

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