sábado, maio 23, 2009

Uma das muitas epidemias do século XXI

Cerca de cinco milhões de portugueses têm excesso de peso e mais de nove mil pessoas já morreram desde 2004 com problemas relacionados com a obesidade, assegura a Associação de Doentes Obesos e Ex-obesos de Portugal (ADEXO).

(Estão agora a ver o motivo pelo qual o actual Governo das ocidentais praias lusitanas a norte, embora cada vez mais a sul, de Marrocos, quer ensinar os portugueses a viver sem comer?)

O Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade assinala-se hoje, mas para a ADEXO o momento não é para comemorações. "Estamos de luto pelas cerca de nove mil pessoas com obesidade que desde 2004 morreram e continuam a morrer nas listas de espera para consulta e nas listas de espera para cirurgia de tratamento da obesidade", disse Carlos Oliveira, presidente da ADEXO.

Carlos Oliveira adiantou que mais de duas mil pessoas aguardam tratamento por via cirúrgica e outros milhares esperam uma primeira consulta no Serviço Nacional de Saúde, alguns há mais de dois anos.

"Todos os anos morrem em média 1500 pessoas, mortes relacionadas com a obesidade e que poderiam ser evitadas", disse.

O mais recente estudo realizado em Portugal sobre a incidência da obesidade, coordenado pela médica Isabel do Carmo, revelou que mais de metade da população tem excesso de peso e que 14,2 por cento destes casos são casos de obesidade.

A obesidade, que a Organização Mundial de Saúde considera "a epidemia do século XXI", é uma doença crónica e constitui um dos mais graves problemas de saúde pública que Portugal enfrenta.

É partindo do princípio de que se trata de um problema nacional que Carlos Oliveira considera urgente a entrada em funcionamento do plano que reduza as listas de espera.

Em Portugal tem assumido especial importância o excesso de peso nas crianças e jovens. A prevalência da pré-obesidade e obesidade em idade pré-escolar, escolar e adolescente é de 31 por cento, com 10 por cento de casos de obesidade.

A patologia está relacionada com um maior risco de doenças e de mortalidade precoce. Nas doenças associadas destacam-se a diabetes tipo 2 e as doenças cardiovasculares.

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