O Movimento "Portugal pro Vida" formaliza quarta-feira no Tribunal Constitucional (TC) o pedido para se transformar num partido político e assim disputar as próximas eleições legislativas, anunciou hoje o organismo.
Em comunicado, o Movimento, que se diz "contra o bloco central, e contra o bloco da esquerda", diz que esta transformação representa "um sim à vida e à família", "mais que um ´não´ ao aborto, eutanásia, pedofilia e ´casamento gay´".
O organismo, liderado por Luís Botelho Ribeiro, docente da Universidade do Minho, em Braga, promete "trabalhar para construir uma nova política que reconheça e recompense o esforço das famílias que, gerando novas vidas, asseguram com sacrifício próprio o futuro de Portugal".
Após a entrega das 7.500 assinaturas reunidas pelo Movimento, o "Portugal pró Vida" prestará, na igreja do Santo Condestável em Lisboa, uma homenagem a Nun'Álvares Pereira, que considera ter sido "figura modelar de coragem cívica, patriotismo luso e generosidade cristã".
Os promotores do partido, afirmam-se como "um movimento de cidadãos que se estrutura sobre Princípios e Valores fundamentais - como o respeito pela vida humana, pela cidadania e pela transparência democrática - para propor à sociedade portuguesa uma solução de governo socialmente sustentável, norteada pela doutrina social da Igreja".
"Mais que oposição ao laicismo de Sócrates, somos um movimento de resistência civil", assinalam.
Em Março, e em declarações à Lusa, Luís Botelho Ribeiro afirmou que o Movimento se iria constituir em partido e concorrer às eleições para "combater a ofensiva laicista" e "defender a família e o direito à vida".
A decisão saiu da primeira convenção do Movimento, realizada em Guimarães, na qual se condenaram as "imensas atrocidades contra a vida" patrocinadas por alguns partidos políticos parlamentares.
O "Pró Vida" considera que há "uma tentativa de tornar a vida humana descartável".
"Estamos num momento de aceleração da ofensiva laicista contra as questões da vida. Temos no programa do PS a proposta do casamento homossexual, eventualmente da eutanásia, e isso não augura nada de bom para quem se bate pelo reconhecimento de valores fundamentais", justificou.
Manifestando-se frontalmente contra o aborto e a eutanásia, o Movimento diz-se portador de um "projecto político" que tem a família como base do Estado e da sociedade, sem esconder a inspiração cristã e católica.
O Movimento tem vindo a protestar contra a imposição de aulas de educação sexual nas escolas, de acordo com uma cartilha que apenas olha para o sexo: "não somos contra aulas de educação sexual, mas contra estas, onde no manual entregue aos alunos não se fala uma vez sequer de amor", frisou.
2 comentários:
"não somos contra aulas de educação sexual, mas contra estas, onde no manual entregue aos alunos não se fala uma vez sequer de amor".- pequenos detalhes que no caso servirão, não para apresentar um novo manual, mas para avançar com uma nova força política...
"contra o bloco central, e contra o bloco da esquerda",- o que nos deixa o bloco da direita; não ao aborto, eutanásia, pedofilia, ´casamento gay´, casamentos mistos, aos livros, à televisão, aos jornais, não aos ciganos, aos negros, amarelos. em suma não aos direitos humanos.
este senhor, que é docente, deveria-se questionar sobre a maneira como os jovens são educados, quando assistimos cada vez mais a uma falta de respeito por terceiros. esse não é o papel dos docentes, educar?
abraço.
E qual é a posição do amigo Orlando Castro sobre este assunto?
Manuel L. Santos
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