quarta-feira, junho 03, 2009

Contra Durão e Sócrates marcha Ana Gomes

A eurodeputada portuguesa Ana Gomes afirmou hoje que a maioria dos socialistas europeus faz um balanço negativo da Comissão Europeia e frisou que se houver uma "maioria progressista" em Estrasburgo deverá existir um candidato socialista alternativo a Durão Barroso.

Os socialistas, alguns e por enquanto, querem mesmo que “o rapazola do zé manel dê de frosques”, não porque tenha feito assim tão mau trabalho, mas apenas porque não é socialista. Mais uma vez, estes socialistas confundem a mensagem com o mensageiro.

"Independentemente das posições já assumidas pelos primeiros-ministros José Sócrates [Portugal], José Luís Zapatero [Espanha] ou Gordon Brown [Reino Unido]", que já manifestaram apoio à reeleição de Durão Barroso, Ana Gomes afirmou que "se houver uma maioria progressista no Parlamento Europeu com bases nos socialistas, em aliança com os Verdes, o próprio Conselho terá de ter isso em conta na proposta que formular".

Ouviu senhor engenheiro? Essa coisa de apoiar Barroso contra a vontade dos seus socialistas, os mais progressistas dos progressistas que se conhecem, tem de acabar. “Primeiro nós, segundo nós, depois nós e a seguir nós”, defende Ana Gomes.

Interrogada se espera que o primeiro-ministro, José Sócrates, mude de opinião e retire o seu apoio a Durão Barroso, a ex-embaixadora portuguesa na Indonésia respondeu com um "vamos aguardar". Aguardemos. Destes socialistas tudo é possível, seja no sentido de ver Sócrates retirar apoio a Barroso ou de ver Ana Gomes dar-lhe apoio.

Nas declarações que fez aos jornalistas, Ana Gomes não poupou críticas ao mandato da Comissão Europeia liderada por Durão Barroso.

"No PSE, muita gente, entre as quais eu me conto, faz uma avaliação negativa do desempenho da Comissão Europeia nestes últimos anos, já que é dominada pelas teses de direita, da desregulação e da liberalização. O novo paradigma do relançamento da União Europeia implica uma liderança da Comissão Europeia com credibilidade, com capacidade de mobilizar os cidadãos e as forças vivas da União Europeia", defendeu.

Sendo que a capacidade de liderança do novo paradigma, das quais se destaca a credibilidade, a capacidade de mobilizar os cidadãos e as forças vivas da União Europeia só se encontra, como é óbvio, nos socialistas.

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