A escritora angolana Amélia da Lomba sublinhou hoje a importância dos pais continuarem a incentivar, cada vez mais, nos filhos o hábito de leitura, para que cresçam com princípios de responsabilidade.
É um bom conselho, sobretudo para aqueles filhos que durante o dia conseguem ter alguma coisa para comer. É que, digo eu, tanto pais como filhos estarão mais dispostos para a leitura se a fome morar longe.
Amélia da Lomba, que falava à Angop sobre a procura de obras literárias infantis, à margem das festividades do Dia Internacional da Criança, referiu que os pais precisam de ser sensibilizados sobre a importância de colocarem as crianças em contacto com o livro a partir de tenra idade.
Pois é. Só falta saber como é que muitos desses pais vão escolher entre um prato de pirão e um livro. Ah! Não é desses que a escritora falava. Pois não. Mas esses também são pais e filhos. Também são angolanos.
Segundo a escritora, o livro proporciona à criança um princípio de vida mais responsável, reflexivo e introspectivo no melhor sentido. É verdade. Embora para muitas crianças o fim seja o princípio da vida.
“A literatura infantil tem a responsabilidade de passar aos petizes valores morais e felizmente já existem livros para todas as idades”, frisou. Nova verdade. Mas, é claro, apenas para alguns.
Para Amélia da Lomba, independentemente dos mais variados tipos de cultura que o mundo apresenta, a universalidade de livros infantis é credível desde que estes transmitam à criança beleza, o fantástico, alegria e a harmonia. Em sua opinião, independentemente do autor, as crianças precisam de ser “contaminadas” pelo gosto pela leitura.
Claro que sim. Alimentar o espírito é vital. Mas como tudo na vida, o corpo precisa de alimentação prioritária. O espírito pode viver sem se alimentar, o corpo não.
O mercado literário infantil em Angola conta já com um número significativo de escritores, dentre os quais Yola Castro, Cremilda de Lima, John Belas, Celestina Fernando, Maria João, Otáviano Correia, Pepetela, Manuel Rui Monteiro, entre outros.
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