A União Africana e, certamente, também a CPLP, ONU, UE e similares consideram imperioso que as eleições presidenciais na Guiné-Bissau se realizem na data prevista – o próximo dia 28. E pronto. Com um simples papel tudo volta à normalidade.
Assim o diz o enviado especial da UA, o angolano João Bernardo de Miranda, para quem as eleições serão o primeiro passo para a estabilidade e solução da crise.
Assim sendo, reitero as palavras do ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de Angola, João Bernardo de Miranda, ditas em relação ao Zimbabué e agora aplicadas à Guiné-Bissau. Ou seja, a comunidade internacional não deve “ditar” o que os guineesnses fazem no seu país. Tão simples quanto isso!
No caso do Zimbabué, a tradução das ideias de João Bernardo de Miranda eram: a África do Sul e a SADC que metam a viola no saco e deixem o democrata Robert Mugabe seguir o seu caminho.
No caso da Guiné-Bissau deve ser algo semelhante, mas agora mais ao estilo de assassinato em assassinato até ao assassinato final.
Entretanto, um dos mais recentes donos do poder na Guiné-Bissau, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas interino, Zamora Induta, resolveu dizer de sua justiça, assumindo-se – e se calhar tem razões para isso - como chefe do Governo e Presidente da Republica, que "os militares estão a fazer o seu trabalho" e que "haverá segurança na campanha para todos os candidatos".
Verdade seja dita que se a função dos militares é usar com eficiência o seu instrumento de trabalho, as Kalashnikov, então Zamora Induta tem razão e pode garantir tudo, sobretudo o que envolva a razão da força e não, como se esperaria, a força da razão.
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