«Os cobardes não têm palavra, nem escrevem, mandam sempre dizer por terceiros, e assim podem explicar, à posteriori, que o seu pensamento foi desvirtuado. O seu comportamento dos tem sempre um selo de garantia: a garantia de que o dito não foi dito, mesmo que todos saibam que foi dito.»
Quem disse isto foi o meu companheiro (ele prefere ser chamado de camarada) Paulo F. Silva. É uma (dura) verdade que pode ser aplicada a uma cada vez mais crescente forma de (sobre)viver na sociedade portuguesa. São esses cobardes que, por regra, comandam (mal, mas comandam) este país ou, para ser mais correcto, algumas das partes que no seu conjunto formam o país.
Por isso os cobardes apostam tudo, sobretudo o que é dos outros, na razão da força que é alimentada pelo tal selo de garantia de que muito bem fala o Paulo. Com a cobertura, mesmo que involuntária, de muito boa gente, levam a que a força da razão perca batalhas e mais batalhas.
Apesar disso, os cobardes podem ter a certeza que estão a ganhar batalhas mas que não vão ganhar a guerra. Se a ganhassem Portugal deixaria de existir.
Para gáudio dos cobardes e dos que dão cobertura aos cobardes, o país ainda lhes vai dando cobertura. No entanto, um dias destes, alguém vai descobrir que esses cobardes, mascarados de heróis, para contarem até 12 têm de se descalçar.
São esses cobardes que se fartam de espalhar minas para matar os que pensam de maneira diferente. Mas, mais cedo ou mais tarde, os cobardes vão ser vítimas dos próprios engenhos explosivos que colocaram.
Eu sei, meu caro Paulo, que até lá vão calando as vozes que tentam dar voz a quem a não tem. Mas não as calarão todas.
Como sabes, caro Paulo, só é derrotado quem desiste de lutar. E desistir é palavra que não consta nem da tua nem da minha forma de vida.
Força companheiro, camarada e amigo.
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1 comentário:
Obrigado, Orlando, pelas palavras amigas.
Abraço,
Paulo F. Silva
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