Acredito que haverá eleições presidenciais em Angola. Acredito porque a máquina do MPLA, avessa a surpresas, está a preparar minuciosamente o processo para esmagar qualquer adversário.
Quando a máquina estiver pronta, testada e com o certificado de qualidade exarado pela conivente comunidade internacional, então será marcada a data. Tão simples quanto isso.
Embora com a certeza de que a sua máquina, construída com peças luso-brasileiras e tendo assistência técnica do Partido Socialista português, será suficiente para reduzir a pó qualquer adversário, o MPLA joga também de modo a que os eventuais candidatos a candidatos sejam de fraco nível.
Para o MPLA o importante é vencer, é esmagar, pouco importando se é ele que ganha ou se são os adversários que perdem.
Acresce que, mais uma vez, por falta de alternativas serão os angolanos a perder. E faltam alternativas porque os mais capazes não estão para se envolver num jogo em que as regras são ditadas pelo MPLA, em que o árbitro é o MPLA, em que a CNE é o MPLA, em que tudo é o MPLA.
É certo que, formalmente, não vão faltar candidatos. Para além de algumas pessoas ingénuas e bem intencionadas há sempre alguns que, a troco de alguma coisa, se prestam a ser figurantes numa farsa que pretende mostrar como uma ditadura é uma democracia.
Tal como nas legislativas, já se sabe quem vai ganhar, quem vai legitimar a vitória, e quem vai perder. Falta apenas saber quem serão, a nível internacional, os figurantes que no terreno vão dizer que tudo se processou com democraticidade, civismo e transparência.
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