Num país (Portugal) que não tem problemas graves (com excepção de 20% de pobres, outros 20% com a pobreza a bater à porta, e cerca de 700 mil desempregados), é simpático saber que o primeiro-ministro almoça hoje, na residência oficial, com representantes das associações de lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros.
Creio, no entanto, que é chegada a vez de (todos) os políticos do reino lusitano a norte, embora cada vez mais a sul, de Marrocos, aproveitarem para juntar ao seu pacote gay também a questão, entre outras do género, da poligamia.
Aliás, importa recordar, a questão da poligamia está também na ordem do dia e é um sinal de modernismo, não tanto europeu mas nem por isso menor. Veja-se o exemplo do presidente da África do Sul que ainda há pouco tempo casou, em Nkandla, no Kwazulu-Natal, com a quinta mulher.
Jacob Zuma, de 64 anos, casou com Thobeka Madiba, de 34 anos. Polígamo legal, ao abrigo da lei tradicional consuetudinária sul-africana, Zuma contraiu matrimónio pela última vez em 2007 e tem 18 filhos e filhas.
Além das quatro esposas actuais, o presidente da África do Sul e do Congresso Nacional Africano (ANC, no poder) foi já casado com pelo menos outras duas mulheres: Nkosazana Dlamini-Zuma, a actual ministra da Administração Interna, e Kate Mantsho Zuma.
Digam lá que não seria um bom exemplo para as bandas das ocidentais praias lusitanas onde as orgias são, entre outras práticas, uma velha tradição?
Não sei como é a situação a nível dos homossexuais, mas um estudo de pesquisadores britânicos observou que os homens de países que permitem a poligamia vivem em média mais do que aqueles que vivem em países onde a prática é proibida.
Cientistas da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, perceberam que homens acima de 60 anos de 140 países poligâmicos têm uma expectativa de vida em média 12% maior que a de homens de 49 nações monogâmicas.
Os dados, obtidos a partir de relatórios da Organização Mundial da Saúde (OMS), foram calculados de maneira a desconsiderar factores socioeconómicos nos diferentes países.
As conclusões foram apresentadas pela coordenadora da pesquisa, Virpi Lummaa, num encontro internacional de estudos de comportamento em Ithaca, Nova Iorque (EUA), e reproduzidas numa reportagem da revista New Scientist.
Eu sei que a questão não é consensual. A justiça islâmica de um estado do norte da Nigéria, por exemplo, decidiu há uns tempos reenviar para um tribunal civil daquele País, o processo de um homem com 86 mulheres que recusou o divórico a 82 delas.
O tribunal tinha imposto a Muhammadu Masaba Bello, de 84 anos, que se divorciasse de 82 das 86 esposas que tem para cumprir a regra que limita um muçulmano ao máximo de quatro mulheres.
O juiz rejeitou ainda o pedido de fiança de Bello cujo caso eclodiu quando este anunciou, nos meios de comunicação social nigerianos, que tinha 86 esposas e 170 filhos.
A revelação causou indignação perante as autoridades da Nigéria que exigiram a pena de morte por poligamia, a menos que o homem se divorciasse de 82 mulheres, ficando com o máximo de quatro esposas.
Francamente. E depois vem a Europa falar de quebra na natalidade!
1 comentário:
Acabei agora de fazer este post no FB:
http://www.youtube.com/watch?v=XK1pnCldKZI&feature=player_embedded
Um grande abraço, Orlando.
Enviar um comentário