quinta-feira, maio 06, 2010

Socialista Ricardo Rodrigues dá decisivo contributo para "esta" língua portuguesa

Ricardo Rodrigues, deputado do Partido Socialista, vice-presidente do Grupo Parlamentar e membro do Conselho Superior de Segurança Interna de Portugal, apadrinhado por Francisco Assis e Sérgio Sousa Pinto, sob a erudita égide de José Sócrates, escreveu mais uma siblime página da língua portuguesa.

Assim, o verbo furtar passa a ser cunjugado de forma diferente desde ontem (ver
Deputado rouba gravadores a jornalistas - É o Portugal socialista ao seu melhor nível):

No presente, o verbo furtar passa a conjugar-se da seguinte forma: eu tomo posse, tu tomas posse, ele toma posse, nós tomamos posse, vós tomais posse, eles tomam posse.

Aliás, de há muito que Ricardo Rodrigues tenta destronar a relevância mediática do seu colega, igualmente erudito, Augusto Santos Silva, sobretudo quando o país começou a ver que político açoriano se destacava nos anais do anedotário nacional.

Ricardo Rodrigues, que não permite protagonismos socialistas por camaradas alheios, também já avisou que o PS abandonará a Comissão de Inquérito ao caso TVI se o procurador Marques Vidal, responsável pelo processo Face Oculta, for ali ouvido.


E o sotaque do deputado especialista em “tomar posse” do que é dos outros foi de tal modo forte que os adversários se calaram. Pouco dispostos ao silêncio estão os jornalistas da Sábado, razão pela qual o deputado do Partido Socialista, vice-presidente do Grupo Parlamentar e membro do Conselho Superior de Segurança Interna resolveu “tomar posse” dos seus gravadores.

“Se alguma vez algum procurador de um processo vier ser ouvido nesta comissão ou entrarem aqui escutas, o PS abandona a Comissão Parlamentar de Inquérito”, afirmou do alto da sua sabedoria (presumo que delegada) Ricardo Rodrigues. Por saber ficou se o autoritarismo revelado tinha sido delegado ou se o deputado apenas dele tinha “tomado posse”.

Recorde-se que o deputado do Partido Socialista, vice-presidente do Grupo Parlamentar e membro do Conselho Superior de Segurança Interna considerou que “o PSD, ao pedir as escutas do processo Face Oculta, está a misturar o que é justiça e o que é política”, acrescentando que a “esta comissão é o desprestígio completo da Assembleia da República”.

De facto, apesar de este Partido Socialista, representado por este e outros deputados de igual nível, estar contra a chamada do procurador, o mesmo não se passou quando Souto Moura, o antecessor de Pinto Monteiro na Procuradoria, foi à Comissão de Inquérito do “Envelope 9″, em 2007.

Dir-me-ão, com toda a razão, que nessa altura Ricardo Rodrigues ainda não tinha “tomado posse”...

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