José Sócrates, o primeiro-ministro de Portugal, almoçou hoje, na sua residência oficial, com representantes das associações de lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros.
Não sei qual foi a ementa. Mas creio que deverá ter andado à volta de trufas pretas, caranguejos gigantes, cordeiro assado com cogumelos, bolbos de lírio de Inverno, supremos de galinha com espuma de raiz de beterraba e uma selecção de queijos acompanhados de mel e amêndoas caramelizadas, com cinco vinhos diferentes, entre os quais um Château-Grillet 2005.
Errei? É possível. E a justificação é simples: Pertenço ao cada vez maior grupo de cidadãos que estão a tentar viver sem comer, correspondendo aos patrióticos pedidos de José Sócrates.
Até agora, sobretudo porque os portugueses são uns desmancha-prazeres, os resultados em Portugal não são animadores. Todos os que tentaram seguir o médoto estiveram muito perto mas, quando estavam quase lá,... morreram.
Num cenário de 700 mil desempregados, 20% da população já a viver sem comer e outros 20% a viver com o espectro da fome a bater à porta, creio que a solução é mesmo (seguindo, aliás, o exemplo do próprio governo) não olhar a meios para atingir o objectivo de não ter os pratos vazios.
Uma das alternativas, por exemplo, é ser dirigente das associações de lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros...
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