José Sócrates, o português mais conhecido no mundo juntamente com Camões, Fernando Pessoa, Amália Rodrigues, Eusébio, Cristiano Ronaldo e José Mourinho, volta hoje a estar com o seu velho amigo Hugo Chávez.
Não sei se, desta vez, o primeiro-ministro do reino lusitano irá oferecer a Chávez uma nova versão do Magalhães (Canaima na versão bolivariana) ou, quem sabe, o título honorário atribuído pela J. P. Sá Couto. Mas isso é irrelevante.
Ainda pensei em mandar um SMS a indagar, mas como aconteceu com a mensagem enviada por Armando Vara (ver E se Portugal fosse um Estado de Direito?), creio que ele terá o telemóvel desligado.
E porque Chávez e Sócrates têm uma opinião muito similar em relação a essa peste que dá pelo nome de jornalistas (reconheço, contudo, que em relação aos produtores de conteúdos entendem que são os melhores), recordo que o Colégio Nacional de Jornalistas da Venezuela revelou que entre o ano de 2000 e 2008 ocorreram no país mais de mil casos de agressões a jornalistas.
Atendendo de facto às fortes ligações (penso que se pode até falar de amizade eterna) entre Hugo Chávez e José Sócrates, não percebo como é que o presidente venezuelano não adoptou os mesmos métodos praticados nas ocidentais praias lusitanas. É que em Portugal já não se agridem fisicamente (em regra) os jornalistas.
Os métodos são outros, muito mais simples e eficazes como certamente constará de algum relatório eleborado pelos jornalistas portugueses que se tornaram em criados de luxo, bem pagos, do poder socialista, na circunstância.
Em Portugal, põem os jornalistas (e, é claro, a maioria dos portugueses) a pensar com a barriga, dando-lhes duas alternativas: ou comem e calam e podem pagar a conta ao merceeiro e o empréstimo da cubata, ou não comem nem calam e vão juntar-se aos 700 mil portugueses que estão no desemprego, aos 20 por cento que estão na miséria e a outros tantos que já olham para os pratos... vazios.
É assim que funciona. E como o reino, não o dos céus mas o das ocidentais praias lusitanas, está na mão de cobardes, a única solução apontada é mesmo comer e calar, apostar numa coluna vertebral amovível e numa cabeça que só funciona com a barriga.
Goste-se ou não, é um meio eficaz. Até agora, tanto quanto sei, todos os que tentaram viver sem comer acabaram por ser operados à coluna...
Mas, mais importante do que tudo são os acordos entre os dois reinos, um lusitano e outro bolivariana. Veja-se até que a Venezuela e Portugal estão a afinar um acordo de 27 milhões de dólares para a construção de uma fábrica de medicamentos e para a aquisição de antibióticos.
Segundo um comunicado, anotem, do Ministério do Poder Popular para a Saúde, da Venezuela, "o valor previsto em investimento de parte de Portugal é de 27 milhões de dólares (22,01 milhões de euros), que pode ser submetido a ampliações através do tempo".
Esta do Ministério do Poder Popular para a Saúde bem poderia ser adoptado em Portugal...
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