O ministro da Administração do Território de Angola, Bornito de Sousa, desloca-se amanhã à colónia de Cabinda, onde vai proceder ao lançamento da primeira pedra para a construção de infra-estruturas integradas.
Quanto li a notícia da Angop pensei que era a primeira pedra para a construção de mais uma prisão para, como tem acontecido, lá colocar todos aqueles que em Cabinda ousam pensar pela própria cabeça e não, como manda a cartilha do regime, pela cabeça do dono da potência colonial, Angola.
De acordo com o programa de trabalho, a que a Angop teve acesso, o acto marcará o início da implementação de obras sociais, económicas e produtivas naquela colónia.
Obras sociais, económicas e produtivas? Tudo emblemáticas obras de fachada para – como em qualquer ditadura – fazer esquecer as execráveis condições em que estão detidos muitos defensores do direitos humanos em Cabinda.
Durante a sua estadia de 72 horas, o ministro da Administração do Território vai visitar empreendimentos de impacto social, com destaque as obras do campus universitário, na localidade do Caio Litoral, a central eléctrica da ENE do Malongo e o Terminal Oceânico da Sonangol, no Fútila.
Bornito de Sousa não vai, é claro, visitar a cadeia porque – digo eu – esta está situada numa colónia que não faz parte da estrutura orgânica do Território angolano, da qual ele é ministro...
Sexta-feira, o governante da potência colonial desloca-se ao município de Belize, onde manterá encontro com os administradores dos quatro municípios da colónia, além de visitar a comuna de Miconge.
Constam ainda do programa visitas ao Hospital 28 de Agosto, ao Porto de Cabinda, às obra dos hospitais provincial e materno-infantil de Cabinda, ao lar de estudantes universitários e a uma reserva fundiária.
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