Ricardo Rodrigues, o deputado do Partido Socialista, vice-presidente do Grupo Parlamentar e membro do Conselho Superior de Segurança Interna de Portugal que “tomou posse” (furtou, em português corrente) os gravadores aos jornalistas da revista Sábado, continua na berra.
“Se alguma vez algum procurador de um processo vier ser ouvido nesta comissão ou entrarem aqui escutas, o PS abandona a Comissão Parlamentar de Inquérito”, afirmou do alto da sua sabedoria e autoridade Ricardo Rodrigues.
Acontece que os resumos e transcrições de escutas em que surgem Armando Vara e Paulo Penedos no âmbito do processo Face Oculta já chegaram ao Parlamento mas os deputados só vão “tomar posse” (aqui não é furtar) delas na próxima segunda-feira.
E então, das duas uma: Ou o PS cumpre a ameaça de Ricardo Rodrigues e abandona a Comissão Parlamentar de Inquérito (também, é certo, não faz lá falta nenhuma) ou o deputado demite-se e vai “tomar posse” de qualquer coisa lá para a rua dele.
Éclaro que nada disto vai acontecer. O PS e o deputado Ricardo Rodrigues vão continuar impávidos e serenos a gozar com a chipala dos portugueses. Tudo porque o PS não é uma “pessoa” de bem e Portugal não é um Estado de Direito.
Recorde-se que o PSD pediu, no dia 22 de Abril, ao procurador da República da comarca do Baixo Vouga, o envio dos “resumos e transcrições com relevância para o objecto do inquérito”.
No requerimento, os sociais democratas destacam que na carta que enviou à comissão, na sequência de um primeiro pedido de documentos, o juiz de instrução criminal de Aveiro refere expressamente não ter dúvidas “em afirmar que o `caso TVI´ apenas se percebe com a análise de tais produtos”, referindo-se ao conteúdo das conversações telefónicas ao ex-quadro do BCP Armando Vara e ao ex-assessor jurídico da PT, Paulo Penedos.
Recorde-se ainda que para Ricardo Rodrigues, deputado do Partido Socialista, vice-presidente do Grupo Parlamentar e membro do Conselho Superior de Segurança Interna de Portugal, “o PSD, ao pedir as escutas do processo Face Oculta, está a misturar o que é justiça e o que é política”.
“Estou aqui para avaliar responsabilidades políticas e não judiciais”, reforçou Ricardo Rodrigues, concluindo que “esta comissão é o desprestígio completo da Assembleia da República”.
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