sexta-feira, maio 07, 2010

Nada vai acontecer ao rapazola que deu de frosques com os gravadores dos jornalistas

Se Portugal fosse um Estado de Direito, Ricardo Rodrigues, deputado do Partido Socialista, vice-presidente do Grupo Parlamentar e membro do Conselho Superior de Segurança Interna, “arriscava-se a uma pena com prisão até três anos ou multa” por ter “tomado posse” (furtado em português) dos gravadores dos jornalistas da revista Sábado.

Como não é, socialistas e outros portugueses vão continuar a rir e a cantar... a bem do reino das ocidentais praias lusitanas a norte, embora cada vez mais a sul, de Marrocos.

Segundo o Diário de Notícias (DN) de hoje, o deputado do PS, vice-presidente do Grupo Parlamentar e membro do Conselho Superior de Segurança Interna, enfrenta uma queixa por atentado à liberdade de informação.

O que é que isso é? Uma mão cheia de nada, diria Vieira da Silva, “espionagem política, sujeira, coscuvilhice e política de fechadura”, diriam outros dirigentes socialistas.

O Estatuto do Jornalista prevê, para este tipo de casos, “uma pena máxima de dois anos ou multa até 240 dias”. Daí que o Sindicato dos Jornalistas tenha decidido constituir-se assistente no processo levantado pelos jornalistas da Sábado no DIAP de Lisboa, explica o DN.

Isso é o que prevê o Estatuto do Jornalista. Mas o que prevê o Estatudo do Deputado? Pois é. Como muito bem explicou o rapazola que deu de frosques com os gravadores, bem acompanhado por Francisco Assis e Sérgio Sousa Pinto, o que se passou foi apenas a “tomada de posse” daqueles aparelhos.

O jornal dá conta também de que o Sindicato dos Jornalistas “considera que Ricardo Rodrigues poderá responder criminalmente por atentado à liberdade de informação” e ainda que, o deputado “tem a indeclinável obrigação de saber que os gravadores podem conter gravações cuja confidencialidade deve ser protegida”.

Como explicou o deputado do Partido Socialista, vice-presidente do Grupo Parlamentar e membro do Conselho Superior de Segurança Interna, foi para proteger a liberdade de informação que “tomou posse” dos gravadores, não fosse aparecer algum (outro) larápio a simplesmente furtar os gravadores...

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