sexta-feira, maio 14, 2010

Sócrates só sabe que tudo sabe!

O Presidente da República das ocidentais praias lusitanas a norte de Marrocos, Aníbal Cavaco Silva, renovou em... 27 de Agosto de... 2008 os apelos à mobilização dos portugueses para combater a “situação económica e social bem difícil” que o País então atravessava.

Mas, afinal, a crise já era conhecida? “Situação económica e social bem difícil” já em... 2008? Como é que isso é possível?

“Com esta situação económica e social bem difícil, exige-se a mobilização de todos os portugueses”, afirmou Cavaco Silva nesses idos dias de Agosto de... 2008, num breve discurso na cerimónia de inauguração da Feira de Agosto, em Grândola.

Se for de todos... ainda vá que não vá, escrevi eu nesse dia, acrescentando que me cheirava a que, como é habitual, o apertar o cinto fosse só para alguns. Sempre os mesmos.

Sublinhando a necessidade de serem seguidas “estratégias e políticas adequadas” para Portugal não se afastar mais dos níveis de desenvolvimento da União Europeia, o Chefe de Estado recordou que o País já ficou “demasiado tempo para trás”.

Ficou e continuará a ficar, dizia-se com todas as letras aqui no Alto Hama em Agosto de... 2008.

Enquanto Portugal não perceber, e pelos vistos nunca perceberá, que está todos os dias em cima de um tapete rolante que anda para trás, não chega à meta. Com o péssimo exemplo do governo qua ainda vai tendo, tem-se limitado a caminhar no tapete, ficando com a sensação de que avança mas, de facto, está sempre no mesmo sítio.

“Temos de agarrar as oportunidades”, enfatizou Cavaco em Agosto de... 2008, insistindo que “apenas com trabalho” Portugal conseguirá vencer as dificuldades.

Pois. E quem dá o exemplo? Se forem os políticos, bem tramados estão os portugueses. Ai estão, estão. Como agora se vê.

“É preciso que os portugueses se unam, dêem as mãos para ajudar os desfavorecidos e carentes”, declarou o presidenteem Agosto de... 2008, dizendo que, em democracia, “ninguém pode ser excluído por razões económicas das unidades de saúde” e acrescentando que “cabe ao Estado mostrar que o acesso dos mais desfavorecidos aos cuidados de saúde não é uma palavra vã”.

Bem pregou, prega e pregará Cavaco, mas Sócrates não ouve. E não ouve porque Sócrates só sabe que tudo sabe.

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