quarta-feira, maio 26, 2010

Uma Imprensa livre é pilar da democracia?
- Só se for no Burkina Faso ou em Myanmar

A democracia e a liberdade de expressão estiveram em foco nos discursos de inauguração do Congresso Mundial de Jornalistas “La Pepa 2012”, que decorre até dia 28 em Cádis, Espanha, e que integra o Congresso da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).

Na abertura do congresso “La Pepa 2012”, a presidente da Comissão Nacional para a comemoração do II Centenário da Constituição de 1812, María Teresa Fernández de la Vega, destacou o facto de, há 200 anos, naquele mesmo local, o Real Teatro das Cortes de San Fernando, se ter proclamado a primeira norma a defender a liberdade de expressão.

A também vice-presidente do governo espanhol destacou, por isso, a importância do trabalho jornalístico como base fundamental para a democracia, assegurando que “não só é uma obrigação como uma vontade de Espanha e da Europa apoiar esse pilar democrático em que se constituem os meios de comunicação”.

“E não há dúvida nenhuma de que, aconteça o que acontecer, a imprensa, uma imprensa livre, continuará a ser um dos grandes pilares da democracia”, reforçou.

Se uma imprensa livre é um dos grandes pilares da democracia, a dita está, no reino lusitano de Sua Excelência José Sócrates, coxa. Muito coxa.

Mesmo considerando que um deputado rouba os gravadores aos jornalistas, no caso Ricardo Rodrigues, do Partido Socialista, vice-presidente do Grupo Parlamentar e membro do Conselho Superior de Segurança Interna de Portugal, importa dar voz ao contraditório.

Ou seja, aos que dizem que o que mais há em Portugal é liberdade de imprensa. E quem são eles? São os os donos dos jornalistas e os donos dos donos.

Mesmo considerando que a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) diz que Portugal, em matéria de liberdade de Imprensa, desceu do 16º lugar, em 2008, para o 30º, em 2009, importa dar voz ao contraditório.

Ou seja, aos que dizem que o que mais há em Portugal é liberdade de imprensa. E quem são eles? São os os donos dos jornalistas e os donos dos donos.

A ser verdade que uma imprensa livre é um dos grandes pilares da democracia, a dita está, no reino lusitano de Sua Excelência José Sócrates, coxa. Muito coxa, embora os donos dos jornalistas e os donos dos donos digam o contrário. Ouçam, por exemplo, as mais impolutas figuras do Governo lusitano, nesta como em todas as outras matérias: José Sócrates e Augusto Santos Silva.

José Sócrates, enquanto primeiro-ministro, chegou tão cedo ao sector da comunicação social que conseguiu, sem grande esforço e em muitos casos apenas por um prato de lentilhas, fazer com que os seus mercenários, chefes de posto ou sipaios, titulares, ou não, de Carteira Profissional de Jornalista, fizessem da imprensa o tapete do poder.

Sempre, é claro, levando em conta que uma imprensa livre é um dos grandes pilares da democracia.

José Sócrates, enquanto primeiro-ministro, chegou tão cedo que conseguiu, sem grande esforço e em muitos casos apenas por um prato de lentilhas, transformar jornalistas em criados de luxo do poder vigente. Sempre, é claro, levando em conta que uma imprensa livre é um dos grandes pilares da democracia.

Em Portugal José Sócrates, enquanto primeiro-ministro, chegou tão cedo que conseguiu, sem grande esforço e em muitos casos apenas por um prato de lentilhas, garantir que esses criados regressarão mais tarde ou mais cedo (muitos já lá estão) para lugares de direcção, de administração etc.. Sempre, é claro, levando em conta que uma imprensa livre é um dos grandes pilares da democracia.

José Sócrates chegou tão cedo que deu carácter não só legal como nobre à promiscuidade do jornalismo com a política (sobram os exemplos de jornalistas-assessores e de assessores-jornalistas). Sempre, é claro, levando em conta que uma imprensa livre é um dos grandes pilares da democracia.

José Sócrates chegou tão cedo que deu carácter não só legal como nobre ao facto de que quem aceita ser enxovalhado pode a curto prazo – basta olhar para muitas das Redacções - ser director ou administrador. Sempre, é claro, levando em conta que uma imprensa livre é um dos grandes pilares da democracia.

José Sócrates chegou tão cedo que deu carácter não só legal como nobre ao facto de a ética jornalística se ter tornado na regra fundamental que aparece a seguir à última... quando aparece. Sempre, é claro, levando em conta que uma imprensa livre é um dos grandes pilares da democracia.


Em Portugal, José Sócrates chegou tão cedo que deu carácter não só legal como nobre ao facto de o servilismo ser regra para bons empregos, garantindo que esses servos vão estar depois a assessorar partidos, empresas ou políticos. Sempre, é claro, levando em conta que uma imprensa livre é um dos grandes pilares da democracia.

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