No roubar, ou - segundo o deputado socialista Ricardo Rodrigues - no “tomar posse” daquilo que é dos outros, é que está o ganho. E, ao que me parece, justifica-se que os portugueses digam que ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão.
Num cenário de 700 mil desempregados, 20% da população já a viver sem comer e outros 20% a viver com o espectro da fome a bater à porta, creio que a solução é mesmo (seguindo, aliás, o exemplo do próprio governo) não olhar a meios para atingir o objectivo de não ter os pratos vazios.
Como se não bastasse tudo o que se passa no reino lusitano, os portugueses ficaram a saber que o aumento dos impostos terá efeitos retroactivos.
O governo socialista, que dança o tango (perante uma assistência de tanga) com os sociais-democratas, dizia há pouco tempo, semanas, que não iria aumentar os impostos. Agora, não só os aumentou de forma irracional como os quer de forma retroactiva. É obra!
De facto, o aumento da carga fiscal deverá ser aplicado a todo o rendimento anual e não a partir de Junho, segundo as declarações do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Sérgio Vasques, à margem de uma conferência organizada pelo jornal “Água & Ambiente”.
Para além de tudo (impostos e mais impostos, desemprego e mais desemprego, miséria e mais miséria) o governo continua a tratar os cidadãos como uma casta menor, intelectualmente estúpia.
José Sócrates (que além de primeiro-ministro é o parceiro de tango de Pedro Passos Coelho) disse na campanha eleitoral que não aumentaria a carga fiscal, reafirmando o mesmo no Programa de Governo.
Mudam-se os tempos, mudam-se as exigências, mantêm-se os burros de carga. Tão burros, segundo o Governo, que vão agora pagar impostos retroactivos que vão começar no início deste ano, altura em que José Sócrates dizia que não haveria aumento de impostos...
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