quarta-feira, maio 12, 2010

Mentirosos, cobardes e tachistas

O PS não vai abandonar os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o negócio PT/TVI, mesmo que os documentos que chegarem ao Parlamento sejam transcrições de escutas. A socialista Ana Catarina Mendes diz que o partido vai permanecer até ao fim.

Onde anda Ricardo Rodrigues, o deputado do Partido Socialista, vice-presidente do Grupo Parlamentar e membro do Conselho Superior de Segurança Interna de Portugal que “tomou posse” (furtou, em português corrente) dos gravadores aos jornalistas da revista Sábado?

Pergunto porque, do alto da sua sabedoria e autoridade, Ricardo Rodrigues foi claro como Sócrates: “Se alguma vez algum procurador de um processo vier ser ouvido nesta comissão ou entrarem aqui escutas, o PS abandona a Comissão Parlamentar de Inquérito”.

Acontece que os resumos e transcrições de escutas em que surgem Armando Vara e Paulo Penedos no âmbito do processo Face Oculta estão no Parlamento e os deputados podem “tomar posse” deles (aqui não é furtar).

Ana Catarina Mendes garante que o PS não abandona a Comissão de Inquérito. A ser verdade, se calhar num partido sério o deputado, vice-presidente do Grupo Parlamentar e membro do Conselho Superior de Segurança Interna de Portugal demitia-se e enveredava por ir “tomar posse” de qualquer coisa lá para a rua dele.

Éclaro que nada disto vai acontecer. O PS e o deputado Ricardo Rodrigues, vice-presidente do Grupo Parlamentar e membro do Conselho Superior de Segurança Interna de Portugal, vão continuar impávidos e serenos a gozar com a chipala dos portugueses. Tudo porque o PS não é uma “pessoa” de bem e Portugal não é um Estado de Direito.

Razão tem o primeiro-ministro socialista (José Sócrates) quando acha que mansas são as tias dos portugueses...

Resta, quiçá, a consolação de que há cada vez mais portugueses fartos de aturar os deputados do prostíbulo (outrora chamado de Parlamento) que, também é verdade, apenas seguem os exemplos dos mais altos representantes do bacanal colectivo que, no mesmo local, falam de “espionagem política”, “sujeira”, “coscuvilhice” e “política de fechadura”...

Reconheço, contudo, que é é graças também a esta original forma de “tomar posse” do que é dos outros, que Portugal, desceu do 16º lugar, em 2008, para o 30º, em 2009 em matéria de liberdade de Imprensa.


E não tardará muito que o Portugal socialista adopte as mesmas regras da Guiné Equatorial, país que o ano passado ensinou o que é a liberdade de Imprensa mandando quatro meses para a choldra o único correspondente estrangeiro que por lá andava.

2 comentários:

Anónimo disse...

O Tanso

pediu desculpa aos deputados

por não perceberem que o gamanço

agora é dos actos mais honrados,

dentro do plano de políticas em desenvolvimento,

para as quais foi empossado no Parlamento.

Ele dedica-se ao roubo de gravadores

porque os jornalistas entrevistadores

obrigam-no a atingir os limites das suas capacidades.

Quais capacidades? As de louco

ou de tão pouco?

O chico Assis, líder da bancada Socialista,

como um bom sargento,

em serviço no Parlamento,

após a acção competente de carteirista,

manteve toda a confiança no seu vice-presidente.

O gang é muito unido e consistente

a defender as intervenções

dos ladrões.

O Presidente dos Açores

aguarda o regresso do gamador de gravadores

para o condecorar pela grande elevação

e fidelidade aos ideais do Governo da Nação

Consulino Desolado

Anónimo disse...

O PS não é uma pessoa de bem? Meu caro, falta de pessoas de bem há em todo lado…então no BE…é difícil é encontrar uma que escape. Olhe, penso sinceramente que o deputado do PS deveria ter abandonado as funções de deputado, após tudo o que se passou, foi muito triste e lamentável, episodio que em nada contribui para a dignificação a politica em Portugal. Quanto ao abandono da comissão de inquérito caso entrem escutas, bem, neste caso penso que esta comissão de inquérito há muito que perdeu a credibilidade, o ódio a José Sócrates cega, as tentativas de controlo da justiça são dramáticas, os partidos da oposição parlamentar há muito que perderam o Norte. Vale tudo para tentar queimar o homem. Pobres patetas miseráveis, que tudo sabem menos viver em democracia.
Sim, o Parlamento está podre, há muito que é assim. Uma renovação do tecido politico? Talvez, se não for mais do mesmo.