O PS não vai abandonar os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o negócio PT/TVI, mesmo que os documentos que chegarem ao Parlamento sejam transcrições de escutas. A socialista Ana Catarina Mendes diz que o partido vai permanecer até ao fim.
Onde anda Ricardo Rodrigues, o deputado do Partido Socialista, vice-presidente do Grupo Parlamentar e membro do Conselho Superior de Segurança Interna de Portugal que “tomou posse” (furtou, em português corrente) dos gravadores aos jornalistas da revista Sábado?
Pergunto porque, do alto da sua sabedoria e autoridade, Ricardo Rodrigues foi claro como Sócrates: “Se alguma vez algum procurador de um processo vier ser ouvido nesta comissão ou entrarem aqui escutas, o PS abandona a Comissão Parlamentar de Inquérito”.
Acontece que os resumos e transcrições de escutas em que surgem Armando Vara e Paulo Penedos no âmbito do processo Face Oculta estão no Parlamento e os deputados podem “tomar posse” deles (aqui não é furtar).
Ana Catarina Mendes garante que o PS não abandona a Comissão de Inquérito. A ser verdade, se calhar num partido sério o deputado, vice-presidente do Grupo Parlamentar e membro do Conselho Superior de Segurança Interna de Portugal demitia-se e enveredava por ir “tomar posse” de qualquer coisa lá para a rua dele.
Éclaro que nada disto vai acontecer. O PS e o deputado Ricardo Rodrigues, vice-presidente do Grupo Parlamentar e membro do Conselho Superior de Segurança Interna de Portugal, vão continuar impávidos e serenos a gozar com a chipala dos portugueses. Tudo porque o PS não é uma “pessoa” de bem e Portugal não é um Estado de Direito.
Razão tem o primeiro-ministro socialista (José Sócrates) quando acha que mansas são as tias dos portugueses...
Resta, quiçá, a consolação de que há cada vez mais portugueses fartos de aturar os deputados do prostíbulo (outrora chamado de Parlamento) que, também é verdade, apenas seguem os exemplos dos mais altos representantes do bacanal colectivo que, no mesmo local, falam de “espionagem política”, “sujeira”, “coscuvilhice” e “política de fechadura”...
Reconheço, contudo, que é é graças também a esta original forma de “tomar posse” do que é dos outros, que Portugal, desceu do 16º lugar, em 2008, para o 30º, em 2009 em matéria de liberdade de Imprensa.
E não tardará muito que o Portugal socialista adopte as mesmas regras da Guiné Equatorial, país que o ano passado ensinou o que é a liberdade de Imprensa mandando quatro meses para a choldra o único correspondente estrangeiro que por lá andava.
2 comentários:
O Tanso
pediu desculpa aos deputados
por não perceberem que o gamanço
agora é dos actos mais honrados,
dentro do plano de políticas em desenvolvimento,
para as quais foi empossado no Parlamento.
Ele dedica-se ao roubo de gravadores
porque os jornalistas entrevistadores
obrigam-no a atingir os limites das suas capacidades.
Quais capacidades? As de louco
ou de tão pouco?
O chico Assis, líder da bancada Socialista,
como um bom sargento,
em serviço no Parlamento,
após a acção competente de carteirista,
manteve toda a confiança no seu vice-presidente.
O gang é muito unido e consistente
a defender as intervenções
dos ladrões.
O Presidente dos Açores
aguarda o regresso do gamador de gravadores
para o condecorar pela grande elevação
e fidelidade aos ideais do Governo da Nação
Consulino Desolado
O PS não é uma pessoa de bem? Meu caro, falta de pessoas de bem há em todo lado…então no BE…é difícil é encontrar uma que escape. Olhe, penso sinceramente que o deputado do PS deveria ter abandonado as funções de deputado, após tudo o que se passou, foi muito triste e lamentável, episodio que em nada contribui para a dignificação a politica em Portugal. Quanto ao abandono da comissão de inquérito caso entrem escutas, bem, neste caso penso que esta comissão de inquérito há muito que perdeu a credibilidade, o ódio a José Sócrates cega, as tentativas de controlo da justiça são dramáticas, os partidos da oposição parlamentar há muito que perderam o Norte. Vale tudo para tentar queimar o homem. Pobres patetas miseráveis, que tudo sabem menos viver em democracia.
Sim, o Parlamento está podre, há muito que é assim. Uma renovação do tecido politico? Talvez, se não for mais do mesmo.
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