Os líderes timorenses decidiram que "chegou a hora" de capturar o líder dos militares peticionários Gastão Salsinha, afirmou hoje o primeiro-ministro Xanana Gusmão à agência Lusa. Será? O melhor é esperar (obviamente sentado!) para ver.
"Decidimos que já chegou a hora e a partir do dia 9 as forças conjuntas vão começar a operação", declarou hoje Xanana Gusmão, acrescentando que "não vai haver mais aquela tolerância. Tem de se dizer à população que já acabou a brincadeira. O Salsinha tem de se render ou expor-se a combate", afirmou o governante.
E se Xanana diz, e fazendo fé no muito que tem dito e que nunca se concretizou, se calhar trata-se apenas da anunciada estreia de mais uma novela cujos episódios são escritos pela Austrália e, de vez em quando, por um outro timorense.
"Agora já há ordem para disparar", acrescentou Xanana Gusmão ao falar sobre as regras aprovadas sexta-feira numa reunião entre as chefias das forças de segurança, o Governo e o Presidente da República interino.
Isto quer dizer que, até agora, as ordens eram apenas para passear as armas? Ou será que faltavam balas? É Timor (ou, melhor, uma parte dele) no seu melhor desempenho histriónico.
Segundo a versão oficial, o ex-tenente Gastão Salsinha liderou uma emboscada à coluna onde seguia o primeiro-ministro, na manhã de 11 de Fevereiro, pouco depois de um grupo chefiado pelo major Alfredo Reinado atacar a residência do Presidente da República.
Com a morte de Alfredo Reinado nesse ataque, Salsinha passou a liderar o grupo de fugitivos que, há quase dois meses, se tem movimentado nas áreas montanhosas de Ermera e Bobonaro (oeste).
"Vamos pôr de sobreaviso a população da área, que não deve sair de casa nos dias da operação. Se saírem e forem vistos a fugir das forças, vão ser alvejados", declarou Xanana Gusmão.
Quem fugir, segundo Xanana, será alvejado. Não está mal. O primeiro-ministro parece disposto a mostrar as garras, nem que seja contra inocentes timorenses que sejam apanhados entre dois fogos.
Hoje mesmo, os comandantes da operação "Halibur" de captura de Salsinha deslocaram-se a Maubisse (oeste), para participar numa cerimónia religiosa e aproveitar a ocasião "para explicar aos muitos jovens presentes a estratégia das autoridades", afirmou uma fonte do Comando Conjunto.
Objectivo semelhante norteou o presidente interino, Fernando "La Sama" de Araújo, num périplo de dois dias pelo distrito de Bobonaro, quarta e quinta-feira, de helicóptero, contactando populações nas áreas de refúgio do grupo de Salsinha.
Como estou farto de ver os actuais dirigentes de Timor-Leste brincarem aos governos e aos países, quase sempre como marionetas manuseadas por outros, sobretudo australianos, fico à espera do fim da novela, dispensando os episódios intercalares.
"Decidimos que já chegou a hora e a partir do dia 9 as forças conjuntas vão começar a operação", declarou hoje Xanana Gusmão, acrescentando que "não vai haver mais aquela tolerância. Tem de se dizer à população que já acabou a brincadeira. O Salsinha tem de se render ou expor-se a combate", afirmou o governante.
E se Xanana diz, e fazendo fé no muito que tem dito e que nunca se concretizou, se calhar trata-se apenas da anunciada estreia de mais uma novela cujos episódios são escritos pela Austrália e, de vez em quando, por um outro timorense.
"Agora já há ordem para disparar", acrescentou Xanana Gusmão ao falar sobre as regras aprovadas sexta-feira numa reunião entre as chefias das forças de segurança, o Governo e o Presidente da República interino.
Isto quer dizer que, até agora, as ordens eram apenas para passear as armas? Ou será que faltavam balas? É Timor (ou, melhor, uma parte dele) no seu melhor desempenho histriónico.
Segundo a versão oficial, o ex-tenente Gastão Salsinha liderou uma emboscada à coluna onde seguia o primeiro-ministro, na manhã de 11 de Fevereiro, pouco depois de um grupo chefiado pelo major Alfredo Reinado atacar a residência do Presidente da República.
Com a morte de Alfredo Reinado nesse ataque, Salsinha passou a liderar o grupo de fugitivos que, há quase dois meses, se tem movimentado nas áreas montanhosas de Ermera e Bobonaro (oeste).
"Vamos pôr de sobreaviso a população da área, que não deve sair de casa nos dias da operação. Se saírem e forem vistos a fugir das forças, vão ser alvejados", declarou Xanana Gusmão.
Quem fugir, segundo Xanana, será alvejado. Não está mal. O primeiro-ministro parece disposto a mostrar as garras, nem que seja contra inocentes timorenses que sejam apanhados entre dois fogos.
Hoje mesmo, os comandantes da operação "Halibur" de captura de Salsinha deslocaram-se a Maubisse (oeste), para participar numa cerimónia religiosa e aproveitar a ocasião "para explicar aos muitos jovens presentes a estratégia das autoridades", afirmou uma fonte do Comando Conjunto.
Objectivo semelhante norteou o presidente interino, Fernando "La Sama" de Araújo, num périplo de dois dias pelo distrito de Bobonaro, quarta e quinta-feira, de helicóptero, contactando populações nas áreas de refúgio do grupo de Salsinha.
Como estou farto de ver os actuais dirigentes de Timor-Leste brincarem aos governos e aos países, quase sempre como marionetas manuseadas por outros, sobretudo australianos, fico à espera do fim da novela, dispensando os episódios intercalares.
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