O ministro do Interior de Angola, Roberto Leal Monteiro, afirmou hoje em Lisboa desconhecer situações de tortura no país e sugeriu aos europeus que se preocupem mais com violações nos seus países e nos Estados Unidos. Nem mais. É assim mesmo. E quem diz direitos humanos diz democracia, justiça, estado de direito etc.. Ao MPLA ninguém dá lições.
A Europa tem "uma preocupação muito grande com os direitos humanos em Angola, mas não se preocupa muitas vezes com o que acontece no território europeu e norte-americano", disse Monteiro aos jornalistas em Lisboa, à margem do encontro de ministros do Interior da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). E disse muito bem. Aliás, a Europa, tal como os EUA, só têm a aprender com a exemplaridade do MPLA.
Questionado sobre acusações de tortura às testemunhas do processo judicial do jornalista angolano José Lelo, o ministro angolano retorquiu perguntando se os jornalistas se estavam a referir a Guantánamo, o campo de detenção norte-americano na ilha de Cuba. É evidente. Tão evidente como o holocausto, por sinal em Angola, do 27 de Maio de 1977.
"Desconhecemos tortura em Angola", sublinhou o ministro angolano, que se escusou a comentar o caso particular de Lelo. Segundo o advogado do jornalista angolano, os seis militares que testemunharam contra José Lelo, preso em Cabinda, foram coagidos através de tortura durante 30 dias.
Hoje, Roberto Leal Monteiro afirmou em Lisboa que em Angola existe "uma grande preocupação em criar condições para os detidos no país". Não sei de o próximo governo, se for do MPLA, contemplará um ministério para o humor negro. Se contemplar já têm o ministro ideal.
Questionado sobre o encerramento do escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos em Luanda, afirmou que "já não havia necessidade daquela presença" e assegurou que Angola não cortou relações com aquele organismo.
É claro que o Governo ou, melhor, o MPLA não cortou relações com a ONU. Cortou, isso sim, com os direitos humanos em geral, e com os angolanos em particular.
A Europa tem "uma preocupação muito grande com os direitos humanos em Angola, mas não se preocupa muitas vezes com o que acontece no território europeu e norte-americano", disse Monteiro aos jornalistas em Lisboa, à margem do encontro de ministros do Interior da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). E disse muito bem. Aliás, a Europa, tal como os EUA, só têm a aprender com a exemplaridade do MPLA.
Questionado sobre acusações de tortura às testemunhas do processo judicial do jornalista angolano José Lelo, o ministro angolano retorquiu perguntando se os jornalistas se estavam a referir a Guantánamo, o campo de detenção norte-americano na ilha de Cuba. É evidente. Tão evidente como o holocausto, por sinal em Angola, do 27 de Maio de 1977.
"Desconhecemos tortura em Angola", sublinhou o ministro angolano, que se escusou a comentar o caso particular de Lelo. Segundo o advogado do jornalista angolano, os seis militares que testemunharam contra José Lelo, preso em Cabinda, foram coagidos através de tortura durante 30 dias.
Hoje, Roberto Leal Monteiro afirmou em Lisboa que em Angola existe "uma grande preocupação em criar condições para os detidos no país". Não sei de o próximo governo, se for do MPLA, contemplará um ministério para o humor negro. Se contemplar já têm o ministro ideal.
Questionado sobre o encerramento do escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos em Luanda, afirmou que "já não havia necessidade daquela presença" e assegurou que Angola não cortou relações com aquele organismo.
É claro que o Governo ou, melhor, o MPLA não cortou relações com a ONU. Cortou, isso sim, com os direitos humanos em geral, e com os angolanos em particular.
2 comentários:
Eis uma postura no mínimo preocupante o ministro. Negar a existência de violações, de quaisquer tipos, também é algo recorrente aqui no Brasil. Outro fator que destaco e comparo com o que vejo não só aqui, é o fato de, ao serem criticados, voltarem com críticas a outros países, notoriamente os EUA e Europa. É sabido que a política de direitos humanos dos EUA nada tem haver com o que praticam de fato, mas daí usar como exemplo é simples fuga. Não é certo pautar as ações de um país nas violações de outro. Direitos Humanos é um conceito universal creio eu.
Nada como desviar atenções quando não queremos que os nossos problemas sejam analisados e escalpelizados. Não foi este o Ministro, que quando um repórter afirmou taxativamente que os "salvadores" andavam a procurar diamantes e dinheiro em vez de vítimas no desbamento do DNIC, afirmou que a Igreja só via problemas onde não haviam? E com isso ele não conseguiu que o bispo-auxiliar de Luanda criticasse publicamente o seu repórter afirmando, com mais sentido ou menos sentido, que estava a deturpar a realidade? Uma realidade que se sabia ser veraddeira, pelo menos no que toca à existência de valores monetários e não só devido às detenções havidas de pedras preciosas?
Tantas perguntas e tão poucos Direitos Humanos...
Kdd
EA
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