O dirigente socialista e presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, vai substituir no programa "Quadratura do Círculo", da SIC-Notícias, Jorge Coelho, que abandona alegando motivos profissionais.
Segundo as regras do programa, o "número dois" da direcção do PS foi escolhido para substituir Coelho pelos restantes elementos da "Quadratura do Círculo": o jornalista Carlos Andrade, o social-democrata Pacheco Pereira e o democrata-cristão António Lobo Xavier.
Que pena para o PSD, digo eu, não ter sido Pacheco Pereira a abandonar. É que, continuo a dizer eu, com os “amigos” internos que têm, o actual PSD não precisa de inimigos. Mais do que apoiar um líder eleito, mesmo que seja fraco, alguns sociais-democratas gostam mesmo é de o derrotar. Pouco lhes importa que o “inimigo” esteja do lado de fora.
E, convenhamos, assim não há líder que resista. Ao escolherem, quase sempre na penumbra, a política de olho por olho, dente por dente, os sociais-democratas vão acabar todos cegos e desdentados e, ainda por cima, agarrados à muleta do PS.
Num partido existe espaço para todo o género de pessoas, semi-pessoas e similares. Pacheco Pereira é um exemplo de quem está sempre contra tudo e todos, sobretudo se este tudo e estes todos forem do partido que diz ser o seu. Ao atacar o PSD na praça pública, ou na ou na quadratura do círculo, e não nos locais próprios, está a fazer um grande favor ao PS.
Ao contrário de Roosevelt, Pacheco Pereira acredita que a repetição, com ar intelectual, de uma mentira a transforma em verdade. E como tem palco mediático, lá vai cantando e rindo ajudando a destruir um líder partidário que – ao contrário dele – foi eleito pelos votos directos dos militantes do PSD.
Provavelmente Luís Filipe Menezes não será o líder ideal para levar o PSD ao Governo. No entanto, não pode (ou não deve) ser considerado derrotado antes de participar no combate. Deixem-no mostrar, nas urnas, o que vale e depois digam de vossa justiça.
Se calhar, Pacheco Pereira e similares até irão votar no PS só pelo gozo quase, ou mesmo, orgástico de dizerem que Menezes teve o que merecia.
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