O primeiro-ministro, José Sócrates, relativizou hoje a perda de peso de Portugal na União Europeia com as novas regras de funcionamento, considerando que se trata de uma "questão de talento" para negociar. E, convenhamos, talento para negociar é coisa que não falta ao licenciado que dirige o país e o Partido Socialistas.
"Não se trata de uma questão de peso, mas uma questão de talento", afirmou o primeiro-ministro, sublinhando que as novas regras de funcionamento da União Europeia consagradas no Tratado de Lisboa "obrigam a negociar" e a que cada país consiga "as suas maiorias".
Ou seja, na Europa Portugal terá de negociar. Em Portugal nada disso se passa já que o Governo é dono e senhor e, é claro, está-se nas tintas para o talento negocial que os outros partidos eventualmente tenham. Exceptua-se, como já se vê, o período eleitoral.
José Sócrates, que falava no encerramento de um debate promovido pelo grupo parlamentar do PS na Assembleia da República, respondia assim aos alertas deixados pelo deputado socialista Manuel Alegre, momentos antes.
Também numa intervenção no debate, Manuel Alegre alertou para a perda de peso de Portugal na União Europeia, devido à alteração de equilíbrios dentro da instituição a favor dos estados mais populosos consagrada no Tratado de Lisboa. Bem (neste caso) prega frei Manuel…
"Portugal volta a perder peso. Trata-se de uma perda marginal, é certo, mas ainda assim de uma perda de poder institucional", afirmou, rejeitando que Portugal "se deixe condenar à irrelevância institucional dentro da União".
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