quinta-feira, abril 24, 2008

A queda do avião e a eficiência do fisco

Depois de voarem na TAP de Lisboa para São Tomé e Príncipe, os meus amigos Pedro e Maria apanharam um voo da TAAG para Angola. Iam às terras dos fim do mundo, onde ele tinha estado na tropa na década de 60, comemorar seu 40º aniversário de casamento.

De repente, o comandante do avião da TAAG anuncia pelos alto-falantes:

- Senhoras e senhores passageiros tenho notícias muito ruins. Os nossos motores estão a parar de funcionar e vamos tentar uma aterragem de emergência. Por sorte, estou a ver uma anhara aqui em baixo e vamos tentar aterrar.

Com a perícia reconhecida dos pilotos da TAAG, o avião aterrou sem causar vítimas. Parados os motores, o comandante dirigiu-se aos passageiros e disse:

- Isto aqui é mesmo o fim do mundo e é muito provável que não sejamos resgatados e tenhamos que viver anos e anos, se calhar toda a vida, nesta zona.

Mal o comandante acabou de falar, o Pedro perguntou à mulher:

- Maria, entregaste a nossa declaração de IRS antes de viajarmos?

A Maria corou e, atrapalhada, explicou:

- Como vínhamos de férias e como todos os anos temos de devolver dinheiro do IRS ao José Sócrates, resolvi não entregar a declaração.

Pedro, eufórico, agarra a mulher e afinfa-lhe o maior beijo de todos os 40 anos de casamento. A Maria não entendeu e perguntou:

- Pedro! A que se deve um beijo desta envergadura?

E ele responde:

- Estamos garantidos. Não há terra de nenhum fim do mundo em que os devedores escapem à máquina fiscal do Governo socialista de José Sócrates.

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