quarta-feira, abril 09, 2008

Entre Roberto Leal Monteiro e Pahiama
venham as hienas e morram contaminadas

Eusébio Rangel, assessor do bastonário e porta-voz da Ordem dos Advogados de Angola, falou recentemente de torturas e outros métodos reprováveis utilizados pelo comando da segunda região militar de Cabinda contra civis.

No entanto, segundo o ministro do Interior angolano, Roberto Leal Monteiro (foto), “não há tortura em Angola” (
Ministro garante que os direitos humanos são mais do que exemplares em... Angola). Então como é? Será que o ministro pensa como eu e considera que Cabinda não é Angola? Ou será que está a chamar matumbos a todos nós?

Segundo Eusébio Rangel, que não é um dos mabecos ao serviço do MPLA, há até factos por ele vividos com arguidos que foram vítimas de torturas e obrigados a confessarem supostos crimes sob ameaça de armas de fogo.

“Aquilo que eu vi e vivi na prisão do Yabi é desagradável e penso que o Ministério Público, uma vez que também tem por objecto não só acusar mas, fiscalizar a legalidade, deverá, na minha opinião, preocupar-se e apressar-se no sentido de averiguar a veracidade de algumas denúncias que eu próprio constatei”, diz com todas as letras o assessor do bastonário e porta-voz da Ordem dos Advogados de Angola.

Eusébio Rangel lamenta o facto de ao longo de 30 dias os co-arguidos do processo Fernando Lelo terem sido submetidos, no quartel general da segunda região militar de Cabinda, a torturas enormes e que custou a um deles a perda de uma perna.

«Quer dizer baleamentos ao ponto de um dos co-arguidos perder a perna e porque se exigia que eles mentissem e eles não o fizeram”, afirma Rangel.

E, das duas uma: ou o ministro Roberto Leal Monteiro é surdo, mudo e cego ou, de uma vez por todas, está a passar um atestado de menoridade intelectual a todos quantos, angolanos ou não, se preocupam com os seres humanos.

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