A Comissão Europeia decidiu hoje manter a empresa angolana TAAG na "lista negra" das transportadoras proibidas de voar na Europa, sublinhando os "esforços envidados" mas considerando que "continuam a verificar-se deficiências significativas na área da segurança".
"A decisão tem em conta os esforços envidados pela companhia aérea e pelas autoridades angolanas", reconhece a Comissão Europeia num comunicado divulgado em Bruxelas, acrescentando que "continuam a verificar-se deficiências significativas na área da segurança que ambas as entidades deverão corrigir para que a TAAG possa ser retirada da lista".
Dois anos após a elaboração da primeira lista comunitária de companhias aéreas proibidas de operar na União Europeia, o chamado executivo comunitário europeu adoptou, hoje, em Bruxelas, a sétima actualização da "lista negra".
Creio que, por razões que não me parecem muito transparentes, a UE está a esticar demasiado a corda ou, eventualmente, a fazer o jogo de qualquer companhia ou país interessado em que a TAAG fique em terra.
Desde Julho de 2007, quando foi incluída na "lista negra" da Comissão Europeia, a TAAG começou a ser reestruturada de uma ponta à outra, processo que foi também seguido em todos os organismos, incluindo os que gerem os aeroportos.
Segundo um relatório interno da comissão de verificação criada por Eduardo dos Santos, não há razões para que a TAAG continue na "lista negra", porque "desde a segurança física dos aviões às estruturas terrestres de apoio e manutenção, passando pela preparação do pessoal, tudo na TAAG está segundo as mais evoluídas regras mundiais".
Por tudo isto creio que é chegada a altura de Angola (já que a CPLP nem sequer existe) bater o pé aos senhores de Bruxelas porque, digo eu, estão a esticar a corda sabendo que, em princípio, ela partirá pela parte mais fraca, neste caso a TAAG.
Penso que a UE entrou numa clara perseguição à TAAG pelo que, no mínimo, Luanda deve dizer a Bruxelas: Alto e pára o baile. É que, também neste caso, quanto mais Angola se baixar, mais se lhe vê o mataco.
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