As Nações Unidas avaliam em 11,8 milhões de dólares (7,5 milhões de euros) a verba necessária este ano para os trabalhos de erradicação das minas terrestres nos três países lusófonos ainda afectados - Angola, Guiné-Bissau e Moçambique.
Os casos mais complicados, segundo o último relatório do Serviço das Nações Unidas para Acção contra as Minas, registam-se em províncias angolanas como o Cuando-Cubango, onde cerca de 400 mil pessoas vivem em zonas afectadas, e Moxico, onde se registam mais acidentes do género em Angola, um dos países em destaque nos eventos que assinalaram o Dia Internacional de Sensibilização para o Perigo das Minas e Assistência à Acção Antiminas.
"Angola é considerado um dos países mais minados de África, resultado de 30 anos de guerra civil", que terminou apenas há seis anos, refere o relatório divulgado no final de 2007, que estima em 8,36 milhões de dólares o envelope necessário ao financiamento dos trabalhos.
Só neste país, foram identificadas quase duas mil comunidades, em 18 províncias de Cabinda a Luanda e ao Namibe, afectadas pelo problema das minas.
O número de vítimas situa-se entre 300 e 400 anualmente, cerca de cinco por cento o total mundial (6.000) no ano passado.
Na Guiné-Bissau, as origens do problema confundem-se com as da Guerra Colonial (1963), e este foi agravado pela guerra civil (1998-1999) e pelo conflito de Casamança, no sul do Senegal, com a agravante da maior contaminação de solos se registar em áreas agrícolas.
"Cerca de 480 mil metros quadrados de terras foram `limpos´ até Julho de 2007, sobretudo para uso agrícola, mas também para fins residenciais", refere o relatório das Nações Unidas.
Na Guiné, a verba necessária para os projectos de desminagem é estimada em 2,4 milhões de dólares, mais do dobro do orçado para Moçambique (um milhão de dólares), onde os progressos são mais considerados significativos.
Nos últimos três anos, um programa em que participou a ONG britânica HALO Trust (MIFD) permitiu "a limpeza de todas as áreas minadas conhecidas nas quatro províncias do norte", cerca de 51 por cento do território moçambicano.
Em 2006 registaram-se 18 acidentes com minas e outro tipo de engenhos explosivos em Moçambique, que causaram 35 vítimas, das quais 19 mortais - 8 homens, uma mulher e dez crianças.
"Os resultados preliminares indicam uma redução significativa da área contaminada relativamente aos 160 quilómetros quadrados registados em 2006", para perto de 40 quilómetros quadrados, "um número que se espera que continue a recuar" até que esteja completo o trabalho de avaliação em curso, refere o relatório das Nações Unidas.
De 26 mil em 1997, o número de vítimas de acidentes do género caiu para 6 mil, segundo os últimos dados das Nações Unidas - uma redução de 75 por cento.
Ainda assim, os trabalhos em curso em todo o mundo implicam um esforço financeiro de cerca de 400 milhões de dólares, segundo as Nações Unidas.
Para sensibilizar a opinião pública mundial, o Dia Internacional do tema é assinalado em pelo menos 15 países.
Em Nova Iorque, Estados Unidos, está patente a exposição de fotografias "Sobreviver à Paz e ao Terror em Grande Escala", sobre os efeitos das minas terrestres e engenhos explosivos de guerra nas populações do Afeganistão, Angola, República Democrática do Congo, Líbano e Sudão.
"Angola é considerado um dos países mais minados de África, resultado de 30 anos de guerra civil", que terminou apenas há seis anos, refere o relatório divulgado no final de 2007, que estima em 8,36 milhões de dólares o envelope necessário ao financiamento dos trabalhos.
Só neste país, foram identificadas quase duas mil comunidades, em 18 províncias de Cabinda a Luanda e ao Namibe, afectadas pelo problema das minas.
O número de vítimas situa-se entre 300 e 400 anualmente, cerca de cinco por cento o total mundial (6.000) no ano passado.
Na Guiné-Bissau, as origens do problema confundem-se com as da Guerra Colonial (1963), e este foi agravado pela guerra civil (1998-1999) e pelo conflito de Casamança, no sul do Senegal, com a agravante da maior contaminação de solos se registar em áreas agrícolas.
"Cerca de 480 mil metros quadrados de terras foram `limpos´ até Julho de 2007, sobretudo para uso agrícola, mas também para fins residenciais", refere o relatório das Nações Unidas.
Na Guiné, a verba necessária para os projectos de desminagem é estimada em 2,4 milhões de dólares, mais do dobro do orçado para Moçambique (um milhão de dólares), onde os progressos são mais considerados significativos.
Nos últimos três anos, um programa em que participou a ONG britânica HALO Trust (MIFD) permitiu "a limpeza de todas as áreas minadas conhecidas nas quatro províncias do norte", cerca de 51 por cento do território moçambicano.
Em 2006 registaram-se 18 acidentes com minas e outro tipo de engenhos explosivos em Moçambique, que causaram 35 vítimas, das quais 19 mortais - 8 homens, uma mulher e dez crianças.
"Os resultados preliminares indicam uma redução significativa da área contaminada relativamente aos 160 quilómetros quadrados registados em 2006", para perto de 40 quilómetros quadrados, "um número que se espera que continue a recuar" até que esteja completo o trabalho de avaliação em curso, refere o relatório das Nações Unidas.
De 26 mil em 1997, o número de vítimas de acidentes do género caiu para 6 mil, segundo os últimos dados das Nações Unidas - uma redução de 75 por cento.
Ainda assim, os trabalhos em curso em todo o mundo implicam um esforço financeiro de cerca de 400 milhões de dólares, segundo as Nações Unidas.
Para sensibilizar a opinião pública mundial, o Dia Internacional do tema é assinalado em pelo menos 15 países.
Em Nova Iorque, Estados Unidos, está patente a exposição de fotografias "Sobreviver à Paz e ao Terror em Grande Escala", sobre os efeitos das minas terrestres e engenhos explosivos de guerra nas populações do Afeganistão, Angola, República Democrática do Congo, Líbano e Sudão.
Sem comentários:
Enviar um comentário