domingo, maio 03, 2009

Os calhaus medram em todas as esquinas

Importantes são todos aqueles (e serão certamente alguns, mas poucos tenho encontrado) que me estendem a mão quando tropeço num calhau. E calhaus são coisa que não têm faltado nos últimos tempos. Medram em todos os cantos e esquinas.

Mais importantes são todos aqueles (e serão certamente poucos) que tiram a pedra antes de eu passar e que dificilmente saberei quem são.

Há com certeza razões profundas para que eu acredite (sem grande sucesso, acrescente-se) que é preferível andar todos os dias, a todas as horas, com a coluna vertebral, em vez de a deixar em casa.

Mas começa a ser difícil. Nunca como agora, embora com excepções, trabalhei com tanta gentalha curvada ao sabor do tacho.

Infelizmente muitos de nós (já para não falar de muitos dos outros) continuam a pensar que conhecer as cores do arco-íris faz deles pintores.

Tal como em 1975, entre dias sem pão e pão sem dias, lá fui, lá vou, lá continuarei a ir (assim dizia João Charulla de Azevedo) projectando o melhor, esperando o pior e aceitando de ânimo igual o que Deus quiser.

Tudo isto porque quem nasce direito... tarde ou nunca se entorta. Se calhar é um defeito. No meu caso, defeito de fabrico sem correcção possível.

Sem comentários: