Segundo o presidente do Sindicato dos Jornalistas de Portugal, ainda que a liberdade de imprensa esteja, "do ponto de vista formal, assegurada", há "problemas graves" no jornalismo português.
Há? Quem diria. Ouvir o presidente de um sindicato dizer que o que se passa nas ocidentais praias lusitanas a norte, embora cada vez mais a sul, de Marrocos, é apenas “grave”, é como querer tapar o Sol com uma peneira... não tendo sequer peneira.
Alfredo Maia salienta que a "ameaça de desemprego" que paira sobre alguns conjuntos de profissionais e a "precariedade", que atinge "novos e antigos profissionais", são os principais desafios à "autonomia" da imprensa hoje em dia.
Compreendo que como jornalista assalariado e, portanto, igualmente sujeito à ameaça de desemprego, o Alfredo Maia não possa dizer mais. Fica, contudo, um travo amargo porque de um presidente de um sindicato esperava mais. Muito mais.
Já para o sub-director do jornal Público, a falta de liberdade de expressão passa, no Ocidente, muito mais, por um "tipo de controlo de opinião, que é feito de uma forma muito mais subliminar".
Segundo Amílcar Correia, esse controlo acontece sob a forma de "condicionamento económico dos órgãos de informação", pela "pressão de fontes" e anunciantes, que "num cenário de alguma crise nos media", podem conseguir ter "alguma influência no editorial das respectivas publicações".
Os leitores aqui do Alto Hama certamente que se lembram de já ter lido algo semelhante. E de o ter lido desde há muito tempo e por várias vezes.
Sobre os eventuais excessos derivados da "falta de sensatez e de bom senso" dos jornalistas, Amílcar Correia entende que "a ausência da liberdade de expressão é sempre pior", portanto, "é preferível o excesso de liberdade de imprensa à total ausência de liberdade de expressão".
Assinalar o Dia Mundial da Imprensa é, por isso, "fundamental" para o sub-director do Público, "quando em muitos países a liberdade de expressão não é algo adquirido". "Justifica-se a comemoração de um dia deste género, recordando que em muitos países essa liberdade de expressão não existe", afirma Amílcar Correia.
Amílcar Correia não se referiu especificamente a Portugal embora saiba que, também no reino lusitano, não faltam exemplos de casos onde os jornalistas são “voluntariamente obrigados” a pensar com a barriga.
"Só com jornalistas usando plenamente os seus direitos e garantias existe jornalismo verdadeiramente livre e responsável", destaca Alfredo Maia, certamente pensando nas centenas de jornalistas que nos últimos anos foram obrigados a ir para o desemprego.
Nota: Texto baseado no:
http://jpn.icicom.up.pt/2009/05/03/dia_mundial_da_imprensa_ainda_ha_limites_apesar_da_internet.html
Alfredo Maia salienta que a "ameaça de desemprego" que paira sobre alguns conjuntos de profissionais e a "precariedade", que atinge "novos e antigos profissionais", são os principais desafios à "autonomia" da imprensa hoje em dia.
Compreendo que como jornalista assalariado e, portanto, igualmente sujeito à ameaça de desemprego, o Alfredo Maia não possa dizer mais. Fica, contudo, um travo amargo porque de um presidente de um sindicato esperava mais. Muito mais.
Já para o sub-director do jornal Público, a falta de liberdade de expressão passa, no Ocidente, muito mais, por um "tipo de controlo de opinião, que é feito de uma forma muito mais subliminar".
Segundo Amílcar Correia, esse controlo acontece sob a forma de "condicionamento económico dos órgãos de informação", pela "pressão de fontes" e anunciantes, que "num cenário de alguma crise nos media", podem conseguir ter "alguma influência no editorial das respectivas publicações".
Os leitores aqui do Alto Hama certamente que se lembram de já ter lido algo semelhante. E de o ter lido desde há muito tempo e por várias vezes.
Sobre os eventuais excessos derivados da "falta de sensatez e de bom senso" dos jornalistas, Amílcar Correia entende que "a ausência da liberdade de expressão é sempre pior", portanto, "é preferível o excesso de liberdade de imprensa à total ausência de liberdade de expressão".
Assinalar o Dia Mundial da Imprensa é, por isso, "fundamental" para o sub-director do Público, "quando em muitos países a liberdade de expressão não é algo adquirido". "Justifica-se a comemoração de um dia deste género, recordando que em muitos países essa liberdade de expressão não existe", afirma Amílcar Correia.
Amílcar Correia não se referiu especificamente a Portugal embora saiba que, também no reino lusitano, não faltam exemplos de casos onde os jornalistas são “voluntariamente obrigados” a pensar com a barriga.
"Só com jornalistas usando plenamente os seus direitos e garantias existe jornalismo verdadeiramente livre e responsável", destaca Alfredo Maia, certamente pensando nas centenas de jornalistas que nos últimos anos foram obrigados a ir para o desemprego.
Nota: Texto baseado no:
http://jpn.icicom.up.pt/2009/05/03/dia_mundial_da_imprensa_ainda_ha_limites_apesar_da_internet.html
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