«Robert Mugabe e o seu partido, a ZANU-PF, mostram a sua face resistindo o que podem a reconhecer a sua derrota eleitoral face ao MCD de Morgan Tsvangirai. De momento, Mugabe, que não deveria ter estado na ultima Cimeira de Lisboa da União Europeia, tal qual leaderes como o trabalhista inglês assumiram, mantém um estranho silêncio, bem idêntico ao vivido em 1992, em Angola, aquando da Fraude Eleitoral então vivida, pelo eng. José Eduardo dos Santos, actual PR de Angola, e pelo MPLA, partido actualmente maioritário, ainda que ambos sem que tal resulte de um acto eleitoral.
Estranhamente, Mugabe reivindica uma recontagem dos votos das presidenciais de 29 de Março, pois, para ele e o seu partido, "existem erros e maus cálculos na compilação dos resultados das presidenciais", conforme Patrick Chinamasa, da ZANU-PF referiu ao semanário Sunday Mail, assumindo agora o papel de “vitima”…ao mesmo tempo que recusa a proposta de um Governo de unidade nacional, feita pelo leader do MDC.
Entretanto o MDC anunciou já que recorreu ao tribunal de Harare questionando a necessidade, urgente de publicação dos resultados das eleições.
Estranhamente, Mugabe reivindica uma recontagem dos votos das presidenciais de 29 de Março, pois, para ele e o seu partido, "existem erros e maus cálculos na compilação dos resultados das presidenciais", conforme Patrick Chinamasa, da ZANU-PF referiu ao semanário Sunday Mail, assumindo agora o papel de “vitima”…ao mesmo tempo que recusa a proposta de um Governo de unidade nacional, feita pelo leader do MDC.
Entretanto o MDC anunciou já que recorreu ao tribunal de Harare questionando a necessidade, urgente de publicação dos resultados das eleições.
A pressão internacional, que apesar de tudo tem sido bem limitada, e o facto de a oposição ter assumido a vitória com 50,3% dos votos para Tsvangirai, não tem sido suficiente para que os resultados eleitorais sejam publicados pela Comissão Eleitoral e para que termine o pesadelo em que têm vivido os Zimbabueanos, hoje, em particular na Capital, Harare, cercados por forte dispositivo policial, onde já foram inclusivamente detidos alguns jornalistas estrangeiros.
Por outro lado, aquele que se auto denomina de Hitler, o homem de mão para as ocupações das fazendas dos brancos, auto proclamado leader dos veteranos da guerra da independência recomeçaram a ocupar as últimas quintas de brancos, sendo que tal tem sido visto, pelos Zimbabueanos como o iniciar de um golpe militar que impeça a aceitação dos resultados eleitorais neste País.
Beneficiando do facto das atenções da Comunidade Internacional estarem concentrada no embaraço Chinês perante os conflitos com o Tibete e os Jogos Olímpicos, ainda é possível que a Comunidade Internacional feche os olhos, mais uma vez, ao desastre, politico, económico e social em que vive o Zimbabwe e deixe que um ditador morra sossegado na cama do Poder.
É evidente que os silêncios internacionais nos envergonham a todos, mas também é evidente que os Zimbabueanos não vivem da nossa vergonha, ou pouca vergonha, e, enfim, com estes pequenos textos, lá vou fazendo o que posso.
Enfim, África continua no mau caminho…»
Nota: Artigo de Joffre Justino publicado no Notícias Lusófona
1 comentário:
Se o Mário Machado sai da prisão e vê esta foto...
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