O
primeiro-ministro do reino lusitano afirmou, hoje, que "mantém" as
afirmações sobre o desemprego poder ser uma oportunidade e acrescentou que
Portugal "está cansado das crises artificiais" que querem
"aproveitar qualquer coisa" para tentar criar "uma tensão enorme
no país".
É verdade.
Portugal está cansado e os portugueses fartos, fartinhos, de aturar um
primeiro-ministro mentiroso cujo único objectivo é instaurar no reino um
sistema esclavagista.
"Acho
que o país está um bocadinho cansado das crises artificiais e desta tentativa
de distorcer e de aproveitar qualquer coisa para querer fazer uma tensão enorme
no país. Sei bem o que disse e mantenho o que disse", afirmou Pedro Passos
Coelho, voltando de novo a tratar os portugueses em geral, mas sobretudo um
milhão e duzentos mil desempregados, como imbecis e membros de uma casta
inferior.
O
primeiro-ministro falava à entrada de uma coisa que cada vez é mais uma miragem
para milhões de portugueses: um almoço. No caso, com os líderes de juventudes
partidárias europeias de centro-direita, que decorre em Lisboa.
"O país
precisa de retirar aos desempregados o estigma do desemprego e aqueles que
estão nessa situação perceberão que terão, por parte do Estado, o apoio devido
para se prepararem para um futuro. Mas precisam também, e toda a sociedade, de
encarar a situação do desemprego como uma situação que é preciso vencer e não
pode ficar estigmatizada nas pessoas", acrescentou o “africanista de
Massamá”, certamente convicto de que é dono de um reino onde só existem
matumbos.
O
primeiro-ministro tinha sido confrontado pelos jornalistas com as críticas em
relação a um discurso que fez ontem no qual apelou à "cultura de
risco" e considerou que o desemprego não tem de ser encarado como negativo
e pode ser "uma oportunidade para mudar de vida".
Questionado hoje
sobre o motivo porque foi mal interpretado em relação a estas afirmações, o
primeiro-ministro respondeu: "Não sei se foi mal interpretado ou se
quiseram interpretar assim. Eu acho que quiseram interpretar assim".
Como ontem
aqui escrevi, reitero que os desempregados têm de ver a sua situação como “uma
oportunidade para mudar de vida”. Adoptando uma “cultura de risco” poderão, por
exemplo, enfiar um balázio na mona do primeiro-ministro. Com isso não só
mudariam de vida como ajudariam os outros desempregados a livrar-se de alguém
que em vez de ser uma solução para o problema é um problema para a solução.
Também disse
e mantenho, que os cerca de 20% de portugueses que passam fome poderiam
resolver o problema do primeiro-ministro e o deles. Poderão ir para a cadeia.
Mas se forem, terão sempre direito a uma cama e a comida, coisa que no país
real começa a ser um raro privilégio.
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