sábado, maio 12, 2012

Mais um dos donos do reino lusitano que nunca se engana e raramente tem dúvidas


O primeiro-ministro do reino lusitano afirmou, hoje, que "mantém" as afirmações sobre o desemprego poder ser uma oportunidade e acrescentou que Portugal "está cansado das crises artificiais" que querem "aproveitar qualquer coisa" para tentar criar "uma tensão enorme no país".

É verdade. Portugal está cansado e os portugueses fartos, fartinhos, de aturar um primeiro-ministro mentiroso cujo único objectivo é instaurar no reino um sistema esclavagista.

"Acho que o país está um bocadinho cansado das crises artificiais e desta tentativa de distorcer e de aproveitar qualquer coisa para querer fazer uma tensão enorme no país. Sei bem o que disse e mantenho o que disse", afirmou Pedro Passos Coelho, voltando de novo a tratar os portugueses em geral, mas sobretudo um milhão e duzentos mil desempregados, como imbecis e membros de uma casta inferior.

O primeiro-ministro falava à entrada de uma coisa que cada vez é mais uma miragem para milhões de portugueses: um almoço. No caso, com os líderes de juventudes partidárias europeias de centro-direita, que decorre em Lisboa.

"O país precisa de retirar aos desempregados o estigma do desemprego e aqueles que estão nessa situação perceberão que terão, por parte do Estado, o apoio devido para se prepararem para um futuro. Mas precisam também, e toda a sociedade, de encarar a situação do desemprego como uma situação que é preciso vencer e não pode ficar estigmatizada nas pessoas", acrescentou o “africanista de Massamá”, certamente convicto de que é dono de um reino onde só existem matumbos.

O primeiro-ministro tinha sido confrontado pelos jornalistas com as críticas em relação a um discurso que fez ontem no qual apelou à "cultura de risco" e considerou que o desemprego não tem de ser encarado como negativo e pode ser "uma oportunidade para mudar de vida".

Questionado hoje sobre o motivo porque foi mal interpretado em relação a estas afirmações, o primeiro-ministro respondeu: "Não sei se foi mal interpretado ou se quiseram interpretar assim. Eu acho que quiseram interpretar assim".

Como ontem aqui escrevi, reitero que os desempregados têm de ver a sua situação como “uma oportunidade para mudar de vida”. Adoptando uma “cultura de risco” poderão, por exemplo, enfiar um balázio na mona do primeiro-ministro. Com isso não só mudariam de vida como ajudariam os outros desempregados a livrar-se de alguém que em vez de ser uma solução para o problema é um problema para a solução.

Também disse e mantenho, que os cerca de 20% de portugueses que passam fome poderiam resolver o problema do primeiro-ministro e o deles. Poderão ir para a cadeia. Mas se forem, terão sempre direito a uma cama e a comida, coisa que no país real começa a ser um raro privilégio.

Sem comentários: