Os
investimentos que estão a ser feitos na área social vão gerar cinco mil novos
postos de trabalho até ao final de 2013. Quem o diz é o
secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social de Portugal e
futuro candidato do PSD à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Marco António
Costa.
"O
conjunto de investimentos que estão a ser feitos na área social gerarão mais de
cinco mil postos de trabalho e chegarão a mais de 50 mil pessoas", disse o
governante, acrescentando que "muitos desses investimentos já se estão a
concretizar e muitos concretizar-se-ão até ao final do próximo ano".
Falando em
Pedroso, Gaia, onde presidiu à inauguração da creche do Centro Social e
Paroquial de S. Pedro, Marco António Costa sublinhou o "duplo papel"
do sector social, por um lado, no apoio aos cidadãos e, por outro, na criação
de emprego.
"Em
muitos pontos do país, a rede social e solidária é a maior empregadora dos
municípios e é um dos factores mais importantes da dinamização das economias
locais", destacou.
O secretário
de estado assinalou também que estes projectos "não se deslocalizam com a
globalização, não abandonam as populações".
Os que
acreditam no sumo pontífice do Governo também podem acreditar em Marco António
Costa. E por muito que o secretário-de Estado minta nunca chegará aos
calcanhares de Pedro Passos Coelho.
Aliás,
acreditar em Marco António Costa é também quase (quase porque não é ministro)
meio caminho andando para chegar à gamela.
Em Fevereiro
passado, Marco António Costa afirmou que o Governo "não aceita lições de
moral" da Esquerda sobre "sensibilidade social", pois foi com este
Governo que se "falou de economia social pela primeira vez". Nem
mais. “Pela primeira vez”.
Marco
António Costa, que falava então num jantar de apresentação da estrutura
concelhia social-democrata na Trofa, afirmou ainda que Passos Coelho
"conduz e governa o país a olhar para o futuro e com sentido de
responsabilidade" sem "hipotecar o futuro" pelo "aplauso no
presente".
Segundo o
secretário de Estado da Segurança Social, foi com "este Governo" que
"se falou pela primeira vez desde o 25 de Abril de economia social".
Saberá Marco
António Costa o que é a economia social? Nesse âmbito já terá ouvido falar do
associativismo, do cooperativismo e do mutualismo? Ou foi só agora, com este
governo, que tal lhe foi ensinado?
Como exemplo
da "sensibilidade social" do Governo liderado por Passos Coelho, o
secretário de Estado apontou a medida que permitiu "a discriminação
positiva" de quem tem uma "carreira contributiva" mais longa no
acesso ao subsídio de desemprego.
Mas então
“sensibilidade social” e “economia social” são a mesma coisa? Ou só contaram
para Marco António Costa?
Segundo
Marco António Costa, também foi o Governo liderado por Passos Coelho que
"pela primeira vez tomou a iniciativa de olhar para os falsos recibos
verdes protegendo-os em situação de desemprego".
E o que é
que isto tem a ver com economia social, a tal de que “se falou pela primeira
vez desde o 25 de Abril” e apenas com este governo?
Além destas
medidas, o governante apontou o "descongelamento" das pensões de mais
de um milhão de portugueses como "exemplo" da visão
"sensível" do Governo.
"A
verdade é que aqueles que diziam que tinham o monopólio da sensibilidade social
em 2011 congelaram pensões mais baixas, de 180 euros que nós descongelamos
agora", disse Marco António Costa.
Será que
alguém lhe poderá explicar que ao longo dos últimos 150 anos (cento e cinquenta
anos), a Economia Social tem ganho expressão e os seus objectivos passam
necessariamente pela solidariedade e pelo desenvolvimento integrado da
comunidade?
Será que
alguém lhe poderá explicar que ao longo dos últimos 150 anos (cento e cinquenta
anos) existe a Economia Social e que, afinal, não “foi com este Governo que se
falou de economia social pela primeira vez"?
Sem comentários:
Enviar um comentário