Olhei a
chuva amarga que batia, tão felina quanto agre e agreste nas vidraças do meu
triste coração. Fiquei sem saber se era pesadelo ou apenas a saudade de uma dor
que fez da oração um simples abafo.
Olhei a
penumbra que vinha do sul como se com ela viessem notícias da minha banda, da
outra banda. Fiquei sem saber se a saudade vive ou se apenas é miragem africana
num coração que baloiça ao vento.
Olhei a
madrugada que sonolenta dormia aos pés da noite sem luar, como se fosse um
canto nostálgico. Fiquei sem saber se aquele sabor a loengos nas esquinas da
alma era mais do que a noite esquecida.
Olhei o dia
que não nascia como devia à procura de uma razão para amanhã, mesmo que ténue
no meu horizonte. Fiquei sem saber porque não canta o catuitui que todos as
madrugadas poisa nos galhos partidos da minha alma.
Foto
ximunada de
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