Passos
Coelho reconhece que a carga fiscal em Portugal "é insuportável".
Apesar disso continua, impávido e sereno, a gozar com a chipala dos
portugueses. É fartar vilanagem!
O
coordenador do BE acusou hoje o Governo
de "mentir, ludibriar e enganar" sobre a carga fiscal e de prever no
Documento de Estratégia Orçamental uma subida de 32,9 para 34% do PIB em 2016.
Na resposta,
com aquele ar cândido de filho da… licenciado, pós-graduado, mestrado,
doutorado e por aí fora, Passos Coelho reconheceu que a carga fiscal "é
insuportável".
Como se o
seu partido e ele próprio nada tivessem a ver com o assunto, Pedro Passos
Coelho afirmou que o país tem "a maior carga fiscal de que há
memória".
"Não me
tenho cansado de o dizer, é verdade que Portugal atingiu um nível insuportável
de carga fiscal e essa é a razão de que o ministro das Finanças ainda há dois
dias sublinhou a necessidade absoluta de cumprir estes objectivos, sem os quais
não garantiremos um alívio fiscal e um aumento das previsões de crescimento, é
justamente isso que motiva este Governo", afirmou Passos Coelho com a
verticalidade de quem não tem coluna vertebral.
Tal como
afirmou que "se lhes transmitirmos credibilidade os portugueses
compreendem, se lhes falarmos sem verdade e com falta de respeito, eles
compreendem que estamos a ser batoteiros e em Portugal já temos um Estado batoteiro".
Tal como
afirmou que "não interessa chegar ao poder apenas pelo poder, mas sim
indicar ao eleitorado o que se vai fazer, dentro de paradigmas satisfatórios e
cumprir", considerando ser necessário "cultivar o gosto pelas novas
soluções".
Tal como exigiu
na negociação para viabilizar o Orçamento para 2011 que não houvesse aumento de
impostos, ou que “toda a diminuição da despesa fosse feita para que o país
pudesse proceder à consolidação das contas públicas”, garantindo que mexer no
subsídio de férias ou no subsídio de Natal seria um autêntico disparate.
Tal como
afirmou que “estamos disponíveis para soluções positivas, não para penhorar
futuro tapando com impostos o que não se corta na despesa”, ou que garantiu que
“aceitarei reduções nas deduções no dia em que o Governo anunciar que vai
reduzir a carga fiscal às famílias”, ou que disse que “vamos ter de cortar em
gorduras e de poupar. O Estado vai ter de fazer austeridade, basta de aplicá-la
só aos cidadãos”.
Tal como jurou
que “ninguém nos verá impor sacrifícios aos que mais precisam. Os que têm mais
terão que ajudar os que têm menos”, e que garantiu que “connosco não será
necessário despedir pessoas nem cortar mais salários para sanear o sistema
português”.
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