Conversei hoje e durante duas horas com António Alberto Neto, presidente do Partido Democrático Angolano (PDA). Numa altura em que cada vez mais angolanos na diáspora (entre os quais eu) se interrogam se vale a pena continuar a luta, se vale a pena acreditar em Angola, encontrei um Homem que, só por si, prova que continua a valer a pena acreditar e – é claro – lutar.
Angola vive uma situação conhecida mas nem sempre reconhecida pelos mais importantes areópagos da política internacional, casos da ONU, União Europeia e – já agora – CPLP. Ou seja, que 80% da população vive (se é que se pode chamar viver) com menos de um dólar por dia.
Também não se sabe se vai haver eleições porque, como recorda Alberto Neto, o que existe é uma mera declaração de intenções do presidente José Eduardo dos Santos. Além disso, contrariando quer os exemplos de outros países lusófonos quer a própria Constituição, os angolanos de segunda – os da diáspora – continuam impedidos de votar.
Na diáspora são com certeza mais de um milhão mas, porque isso convém ao regime ditatorial de Luanda, são considerados angolanos de segunda. Eduardo dos Santos alega falta de meios para efectuar o recenseamento por esse mundo fora, mas não faltam meios para que esses angolanos sejam obrigados a fazerem o recenseamento militar.
Habituado à luta, em parte moldada por várias passagens pelas prisões do regime, Alberto Neto (terceiro candidato mais votado na primeira volta das eleições presidenciais) continua a pensar que não há comparação entre o que se perde por fracassar e o que se perde por não tentar. Daí que, contra ventos e ditadores, vá tentando dar voz a quem a não tem, vá lutando pelos milhões que têm pouco ou nada, mesmo quando tem pela frente adversários que, embora poucos, têm milhões. Muitos milhões.
Numa curiosa definição da política angolana, Alberto Neto diz que o PDA está na oposição e não na posição. Posição, digo eu, em que estão muitos dos que deveriam ser oposição mas que, em vez de lutarem para serem os primeiros, aceitam passivamente ser os primeiros… dos últimos.
Angola vive uma situação conhecida mas nem sempre reconhecida pelos mais importantes areópagos da política internacional, casos da ONU, União Europeia e – já agora – CPLP. Ou seja, que 80% da população vive (se é que se pode chamar viver) com menos de um dólar por dia.
Também não se sabe se vai haver eleições porque, como recorda Alberto Neto, o que existe é uma mera declaração de intenções do presidente José Eduardo dos Santos. Além disso, contrariando quer os exemplos de outros países lusófonos quer a própria Constituição, os angolanos de segunda – os da diáspora – continuam impedidos de votar.
Na diáspora são com certeza mais de um milhão mas, porque isso convém ao regime ditatorial de Luanda, são considerados angolanos de segunda. Eduardo dos Santos alega falta de meios para efectuar o recenseamento por esse mundo fora, mas não faltam meios para que esses angolanos sejam obrigados a fazerem o recenseamento militar.
Habituado à luta, em parte moldada por várias passagens pelas prisões do regime, Alberto Neto (terceiro candidato mais votado na primeira volta das eleições presidenciais) continua a pensar que não há comparação entre o que se perde por fracassar e o que se perde por não tentar. Daí que, contra ventos e ditadores, vá tentando dar voz a quem a não tem, vá lutando pelos milhões que têm pouco ou nada, mesmo quando tem pela frente adversários que, embora poucos, têm milhões. Muitos milhões.
Numa curiosa definição da política angolana, Alberto Neto diz que o PDA está na oposição e não na posição. Posição, digo eu, em que estão muitos dos que deveriam ser oposição mas que, em vez de lutarem para serem os primeiros, aceitam passivamente ser os primeiros… dos últimos.
3 comentários:
Eu votei no senhor alberto neto, depois de todo ou seja dos anos passados não lhe vi uma unica vez. Esses senhores sou aparecem em véspera da eleições? Não sei qual é a luta que se referem, dos angolanos não acredito.
Uma luta, desde que justa, vale sempre a pena. Se os angolanos foram colocados acima de tudo ( e não cobaias dos interesses e gostos dos partidos e politicos)a nossa querida e portentosa Angola será um bom país para se viver.
O regime está preso por um fio. É fundamental encontrar novos protagonistas. Angola merece!
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