terça-feira, março 18, 2008

Um crime de lesa portugalidade

Gostei da notícia de que o Estádio Municipal de Portalegre, construído há mais de 30 anos, vai ser demolido para dar lugar a uma "escola de excelência". Fica, contudo, uma grande dúvida. E então o que é feito da prioridade das prioridades dos “nossos” políticos, o futebol?

Se, em matéria de futebol, Portugal tem o que merece, na política também não anda longe. O importante, ao que parece, não é o país real (doente, vilipendiado, maltratado, prostituído) mas, isso sim, tudo o que é marginal e que serve às mil maravilhas para enganar o povo.

Discutir o essencial? Para quê? Sim, para quê se, mais coisa menos coisa, todos ficamos saciados com a discussão do acessório?


É claro, digo eu e mais meia dúzia de cépticos, que os "nossos" políticos deveriam analisar o essencial, ou sejam as pessoas. Então porque carga de água não o fazem? A minha teoria continua a ser a mesma: Enquanto este país não instituir o primado da competência em vez do da subserviência, não vai lá.

É por isso que os "nossos" políticos se limitam a ver para que lado vai o fumo dos eléctricos, a idolatrar o futebol e a andar calçados para não se ver que têm as meias rotas. Por alguma coisa são bem coadjuvados por assessores (ou sei que alguns são supostamente jornalistas) que confundem o violino comprado na Feira da Ladra com um Stradivarius.


Entretanto, o Zé povinho continua a pagar as facturas. As facturas do futebol milionário, dos políticos palermas mas igualmente bem pagos, dos capatazes também analfabetos e também razoavelmente bem pagos, etc. etc..

E depois falam de recessão. Em recessão andam milhares e milhares de portugueses, há muitos, muitos anos. Até um dia, espero eu.

1 comentário:

ELCAlmeida disse...

E a "escola de excelência" é o quê? Não será uma escola de futebol de excelência?...
kandandu
EA